segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

GANHANDO UMA ALMA

Ganhando uma Alma

Uma viúva cuida de seus 3 filhos, conduzindo-os sempre a igreja. Era véspera de Natal, todos preparados para ir ao culto, menos um, o Júlio. Ele estava afim de ir numa festa.

Há o atrito entre o Júlio e o resto da família, a mãe mesmo abalada tem serenidade e a promove no lar.

Na rua, indo para a festa, Moacir faz muitas perguntas, Júlio vai falando sobre a família, sobre Jesus, sobre salvação.

Júlio, reacende a sua fé, ao mesmo tempo que Moacir se aproxima de Jesus...



PERSONAGENS: Mãe; Laura e Dirce (irmãs); Júlio (irmão); Moacir (amigo de Júlio). CENÁRIO: Uma sala bem arrumadinha.
ÉPOCA: Atual.
1º ATO
(Dois amigos, Júlio e Moacir, se despedem, prometendo encontrar-se mais tarde. Essa despedida pode ser feita na porta da casa, ou na rua).
JÚLIO: Está bem Moacir, eu te espero às 8h. Não vá se atrasar, que a noite é curta.
MOACIR: Eu me atrasar? Sou o cara mais pontual do mundo; e hoje então muito mais, temos que aproveitar a festa do Durval desde o começo. Vai ser uma bela farra. Até mais tarde.
JÚLIO: Até logo mais !- (entra na sala, movimenta-se de uma lado para outro, pega um livro que está em cima da mesa e fica pensativo. Larga o livro e começa a despejar o seu mau humor). Não sei como vou me descartar dessa. Hoje temos o tal Culto de natal - a mamãe vai querer que eu vá com ela e as meninas; ela que me desculpe, mas hoje eu não vou. Já prometi ao Moacir sair com ele. E depois aquela festa deve estar uma coisa de louco. (Júlio ouve passos e fica inquieto).
MÃE: (Entrando na sala). Até que enfim você chegou, eu estava ficando preocupada com a sua demora; nós já estamos prontas para o Culto. Vá se trocar ligeiro que nós esperamos por você, vá.
JÚLIO: (Meio embaraçado). Mamãe, eu não vou à Igreja com você hoje. Fiz outros planos para esta noite. Vou sair com meu amigo Moacir.
MÃE: (Espantada). Mas Júlio, hoje é véspera de Natal, você esqueceu disso? Mesmo depois que seu pai faleceu, nós nunca deixamos de ir aos cultos de Natal.
JÚLIO: Eu sei mamãe, e é isso mesmo. Eu sempre fui, mas este ano não quero ir. Já sei de cor o que o pastor vai falar, e a história do nascimento de Jesus não mudou? Ou mudou? (As irmãs Laura e Dirce entram na sala).
LAURA: Vamos mamãe? (Olha para o irmão) Você ainda não está pronto Júlio?
DIRCE: Desse jeito nós vamos chegar atrasados no Culto!
MÃE: Estamos tendo um probleminha.
DIRCE: Um probleminha? Que probleminha mamãe?
MÃE: Júlio não quer ir ao Culto conosco; diz que está saturado de ouvir sempre a mesma história.
LAURA: Que bicho te mordeu? De uns tempos para cá você anda muito desinteressado das coisas da Igreja. Quase não vai ao Culto, acha as reuniões da Juventude Evangélica chatas, as prédicas quadradas e em tudo você põe defeito.
JÚLIO: É isso mesmo.
DIRCE: Sabe desde quando isto está acontecendo? Desde que ele se tornou amigo íntimo do tal de Moacir.
MÃE: Não faça juízo precipitado.
JÚLIO: É isso mesmo; e deixa de meter o meu amigo nessa história. Eu não vou porque não quero ir, e está acabado.
MÃE: Júlio, não quero culpar ninguém, mas se você está sendo influenciado por esse seu amigo, não está certo. Você é que deveria usar sua influência cristã. É por isso que nós os crentes somos chamado de "sal da terra e luz do mundo".
JÚLIO: Você já disse tudo que tinha para dizer, mamãe? Então vá, porque se não perderá a hora do Culto. (Sai da sala).
LAURA: (Nervosa com a atitude do irmão) Júlio você...
MÃE: (Interrompendo) Não diga mais nada, Laura. Não vai adiantar discutir. Não vamos estragar o nosso Culto de Natal, envenenando o nosso espírito com palavras raivosas.
DIRCE: Mas mãe, ele está se afastando de Deus. De uns tempos para cá, Júlio não se interessa por mais nada. Todos na Igreja estão estranhando a atitude dele.
MÃE: Eu sei disso minha filha; você pensa que eu também não tenho notado? Estou orando muito pelo seu irmão, e espero que vocês façam o mesmo. Apesar da minha tristeza, eu confio nas palavras do Senhor que diz: "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e nunca se desviará dele". E se Deus prometeu, Ele cumprirá. Vamos ao Culto e oremos por ele. (saem).
II ATO
MOACIR: (bate na porta e Júlio aparece)
JÚLIO: (olhando o relógio) Já são 8h?
MOACIR: Não te disse? Eu sou pontual. (Olha para o amigo) Que cara é essa? Nós vamos a uma festa ou a um enterro?
JÚLIO: Estou chateado; tive uma discussão com minha mãe e ela saiu aborrecida comigo.
MOACIR: Isso passa; eu discuto sempre com a minha. Nós não nos entendemos. Aliás ninguém se entende lá em casa.
JÚLIO: Mas eu nunca discuti com ela. E o pior é que eu não estou certo se tenho razão ou não.
MOACIR: Mas afinal, por que é que vocês discutiram? Quero dizer. Se é que você pode contar.
JÚLIO: Claro que posso; não é nenhum segredo. Foi por causa do Culto do Natal.
MOACIR: Culto de Natal? Que vem a ser isto? Já vi gente discutir por muitas coisas na vida, mas por causa de Culto de Natal, não!
JÚLIO: Bem, vamos sair e pelo caminho eu te conto tudo. Talvez você possa me ajudar a achar uma desculpa para a minha atitude. Espere que eu vou buscar o blusão. (Apanha o blusão e saem).
III ATO
(Mãe e filhas voltam do Culto).
DIRCE: Como estava lindo o Culto.
LAURA: E o solo do Mário; quase me fez chorar.
DIRCE: Foi o solo ou foram as olhadelas dele?
LAURA: Deixa de ser sem graça!
MÃE: (Entrando na sala). Vamos arrumar a mesa para a ceia. Laura vá buscar a toalha e você, Dirce, ligue o forno para esquentar o assado (as moças saem). Estava tudo tão lindo! Só faltava meu filho! Deus meu, traga-o de volta, não permita que o mundo o envolva. (Esconde a mãos, como se estivesse chorando).
JÚLIO: (Entrando com o amigo). Mamãe, este é o meu amigo Moacir. Ele estava desejoso conhecê-la.
MÃE: Muito prazer em conhecê-lo. Esteja à vontade.
MOACIR: O prazer é todo meu.
Irmãs - (Laura e Dirce entram na sala com a toalha e os pratos).
JÚLIO: Estas são as minhas irmãs Laura e Dirce.
MOACIR: Muito prazer em senhoritas. (Cumprimentam-se).
MÃE: Vieram cedo da festa, o que foi que aconteceu?
JÚLIO: Nós não fomos à festa!
MÃE: Não?! ...
JÚLIO: Primeiro quero pedir desculpas pela minha atitude de hoje à tarde.
MÃE: Está desculpado, meu filho.
MOACIR: Ele estava encucado todo o tempo por causa disso.
MÃE: Encucado?
MOACIR: É, quero dizer, aborrecido (todos riem).
LAURA: Mamãe também ficou muito triste.
MÃE: Bem, agora já passou; mas você ainda não me contou por que não foram à festa.
JÚLIO: Bem, quando o Moacir veio me buscar, notou que eu estava um pouco aborrecido. Não era muito adequado para quem vai em uma festa. Quis saber o motivo, e eu contei tudo.
DIRCE: Tudo?
DIRCE: Tudo?
JÚLIO: Sim, tudo. Desde quando comecei a não gostar mais de ir à Igreja e frequentar os trabalhos da Juventude Evangélica.
MOACIR: Quando ele terminou, quem ficou admirado fui eu. Ter um convívio com pessoas de espírito sadio, conhecer as maravilhas a respeito de Deus, ter fé num salvador pessoal, é como viver em um outro mundo. Eu, e os nossos amigos aí fora, somos tão confusos e mal orientados em matéria de religião!...
JÚLIO: E quanto mais eu falava da vida cristã, das suas alegrias e certezas, mais eu me apercebia o grande tolo que eu estava sendo. Eu nunca poderia viver fora da minha Igreja. E sabe o que mais? Falei de Jesus e da sua história maravilhosa.
MÃE: Daquela história sem novidades, e sempre igual?
JÚLIO: Dessa mesma, mamãe! Mas o que me afligia, foram as suas palavras: Nós somo o sal da terra e a luz do mundo.
MÃE: (abraçando o filho). Meu querido, eu tinha certeza de que Deus não abandonaria a sua ovelhinha.
MOACIR: Esta noite para mim vai ficar marcada. Foi a primeira vez que eu ouvi falar de Jesus como Salvador. Eu o conhecia somente como um símbolo de Natal.
JÚLIO: Agora você está sabendo por que nós não fomos à festa. Ficamos conversando a respeito de Cristo, e quando mais eu falava, mais o Moacir queria saber. As horas foram passando e o interesse pela festa também. Vai daí, eu o convidei para participar da nossa ceia.
MÃE: Fez muito bem, meu filho. Há assado para todos. Moacir, não me leva a mal, mas e seus pais?
MOACIR: A senhora deve estar estranhando em plena noite de Natal, eu aqui em casa de amigos, quando na verdade deveria estar com meus pais.
MÃE: (Um pouco embaraçada) É, na verdade eu fiquei um pouco... quero dizer...
MOACIR: Não, não se acanhe. A verdade é que meus pais não se interessam pela vida religiosa. Um noite como a de hoje, é para ser festejada com muita comida e bebida. Eles foram para a casa de uns amigos, e a minha irmã para a casa do noivo, eu, bem eu a senhora já sabe!
MÃE: Pois, sejam bem vindos ao nosso lar.
JÚLIO: Mamãe, eu só estou triste por ter perdido o Culto de hoje, que deve ter sido muito lindo!
MÃE: Vou dizer a vocês outras palavras que também são de grande importância. O apóstolo Paulo disse: "Todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus". Você não foi ao Culto, mas Deus o usou para falar dele e de seu Filho ao seu amigo. Assim você ganhou mais uma alma para Cristo. Isso sem contar que você compreendeu a verdadeira finalidade do Natal. De depois haverá muitos natais e você terá oportunidade de contar sempre a mesma história.
LAURA: A mesa está pronta; vamos dar graças por mais um Natal!
Canto: Deus concede alegria.
FIM

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