terça-feira, 2 de agosto de 2011

A TURMA DO LOUVA-A-DEUS II

A TURMA DO LOUVA A DEUS III


Mais uma história que se passa no Jardim Terrinha, onde, insetos conversam entre si e com as crianças. História rica e divertida cheia de conceitos bíblicos, de relacionamentos, respeito, natureza e louvor a Deus.
A maioria dos personagens já são conhecidos da outra história(peça) A TURMA DO LOUVA-A-DEUS
Personagens: Ritinha Joaninha, Baratowsky, Fanho Gafanhoto, Besourico, Formiguto, Formiguenta, Formigalegre, Formigamiga, Louva-a-Deus, Esperança, Dedé Coleiro, Libeltone Tamanduá

Dedé Coleiro entra em cena cantarolando.
DEDÉ COLEIRO: Vou voando e conhecendo todo o Jardim Terrinha... Puxa vida! Como é bom sobrevoar o jardim terrinha. Daqui eu vejo uma turminha bem antenada! E atrapalhada também. Eu sei que eles são pequeninos, menores inclusive do que eu. Mas como eles são abençoados. Quer dizer, alguns são abençoados, pois nem todos querem seguir o conselho do Louva-a-Deus nem da Esperança. O Besourico, por exemplo, é um inseto egoísta, que só pensa nele. O Ritinha Joaninha agora deu para ser vaidosa, olhando o tempo todo para suas pintinhas, para ver se elas estão sempre brilhosas e reluzentes. E as formigas, mesmo que sejam muito trabalhadeiras, precisam arrumar um tempo para que ouçam o que o Louva-a-Deus e a esperança têm para dizer. Vocês param para ouvir o conselho dos seus papais, meus amiguinhos? Ah, mas vocês têm que arrumar um tempinho para pararem um pouco de brincar para ouvir o que eles têm a dizer para vocês. E porque o Baratówsky parou para ouvir o que o Louva-a-Deus tinha a dizer, ele só se deu bem na vida. Ele deixou de ser um inseto porquinho, que não toma banho e passou a ser um bom amigo. É, o Baratówsky foi ficando cada vez mais forte. por seguir os caminhos do Louva-a-Deus. E para aprender como se Louva-a-Deus de verdade, ele resolveu ir todos os dias na casa do Louva-a-Deus para estudar a Bíblia. Meus amiguinhos, eu vou lhes fazer uma pergunta: vocês já ouviram falar da história da Ana e do Samuel. Não? Olha só, a Ana era a mãe de Samuel. Ela consagrou Samuel para a obra do Senhor. É. Samuel foi um grande profeta, juiz e sacerdote de Deus, no tempo do velho testamento da Bíblia. Antigamente, antes de Jesus Cristo morrer no nosso lugar e com isso permitir que nós tivéssemos livre acesso à presença de Deus, havia uma pessoa que era o sacerdote para fazer essa mediação entre Deus e os homens. E Samuel foi um deles. E Ana, mesmo sendo mãe de Samuel, entregou Samuel nas mãos de Deus para ser sacerdote Dele, pois nas mãos de Deus estamos mais seguros do que em qualquer outro lugar. Mas alguns dos insetos do jardim terrinha não queriam acreditar que alguém que está na mão de Deus está bem seguro, e não quiseram deixar o Baratówsky ficar junto com o Louva-a-Deus. Vocês querem saber como foi essa historinha. Então preparem-se para mais uma vez aterrissarem no Jardim Terrinha!!!!!!!
Dedé Coleiro sai de cena

Ritinha Joaninha está em cena, cuidando das suas pintinhas e “penteando” as suas anteninhas, bem vaidosa. Besourico entra em cena.
BESOURICO: Ritinha Joaninha! Ritinha Joaninha.
RITINHA JOANINHA: Ai, o que é, Besourico? Vocês não vê que eu estou ocupada. Estou lustrando as minhas pintinhas e penteando as minhas anteninhas. Esse Jardim Terrinha anda muito sujinho ultimamente. E eu não quero ficar sujo como o Baratówsky.
BESOURICO: Ai, Ritinha Joaninha. Se você souber o que aconteceu com o Baratówsky, você vai preferir que ele volte a ser sujinho como antes.
RITINHA JOANINHA: Ué?! Ele não está mais sujinho?
BESOURICO: Não. Nem em esgoto ele está indo mais.
RITINHA JOANINHA: Ah, que lindo. Finalmente o Baratówsky tomou jeito na vida. Então deixa eu me ajeitar, Besourico, pois dessa vez acho que eu vou poder namorar o Baratówsky (cantarolando e se ajeitando).
BESOURICO: Ritinha Joaninha! Preste atenção! (ela pára e olha) O Baratówsky agora não vai no esgoto, mas não vai no jardim terrinha e não vai mais para lugar nenhum!
RITINHA JOANINHA: Como assim? Ele está doente?
BESOURICO: Se ele está doente eu não sei. O que eu sei é que ele agora só quer saber de andar junto com o Louva-a-Deus, só querendo aprender as coisas de Deus, só falando das coisas de Deus...
BARATOWSKY: Ah, quer saber, Besourico. Melhor assim. Deve ser por isso então que ele deixou de se agradar com toda aquela sujeira do esgoto. O Louva-a-Deus é um cara legal para a gente ser amigo.
BESOURICO: O Ritinha Joaninha. Acho que você não está entendendo. O Baratówsky está tão interessado nas coisas de Deus que vai se mudar para outro Jardim, bem longe daqui, e vai nos abandonar.
RITINHA JOANINHA: O quê! Quer dizer então que eu vou ficar para Titia Joaninha?
BESOURICO: Sim. Que tristeza, não é? (besourico chora) Bzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz! Bzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz!
RITINHA JOANINHA: (choramingando) Ai, Besourico. Logo agora que o Baratówsky está limpinho, ele vai embora. (pondo a chorar).
Ambos se abraçam, chorando. O público percebe que na verdade o Besourico estava fingindo que estava chorando, pois ele faz gestos para o público.
RITINHA JOANINHA: Besourico. Você não está me enganando para me tirar daqui para que eu participe dos seus projetos egoístas não, né?
BESOURICO: Claro que não, Joaninha. É a pura verdade.
RITINHA JOANINHA: Ah Bom, Besourico. Pois eu estava muito ocupada aqui, cuidando das minhas belas e lustrosas pintinhas, pois eu sou a Ritinha Joaninha, a insetinha mais bonitinha daqui do Jardim Terrinha.
BESOURICO: Ih, Ritinha Joaninha... Você anda muito vaidosa ultimamente. É bom mesmo eu tirar você desse seu quartinho. Só fica trancada aí. Parece até os nossos amiguinhos que só jogam vídeo game e não saem para jogar um futebol, para soltar uma pipa... Outra coisa, eu é que sou um inseto de classe superior, pois eu sou um inseto coleóptero.
RITINHA JOANINHA: Ei! Eu também sou uma coleóptera, sabia?!
BESOURICO: Eu que sou!
RITINHA JOANINHA: Eu também sou!
BESOURICO: Não, só eu sou!
Formigamiga entra em cena
FORMIGAMIGA: Calma, gente. Não briguem. O que está acontecendo? Eu estava indo trabalhar e passei por aqui pelo jardim terrinha e estava escutando essa confusão toda. Eu pensei que vocês aprenderam a lição na última historinha, de ficarem unidos para sempre.
BESOURICO: Ela me chamou de egoísta primeiro.
RITINHA JOANINHA: E ele me chamou de vaidosa. Só por que eu estava me arrumando para o Baratówsky e...
BESOURICO: Ahá! Confessou, confessou. A Ritinha Joaninha gosta do Baratówsky. A Ritinha Joaninha gosta do Baratówsky. Lálálálá.
RITINHA JOANINHA: E você também gosta dele.
BESOURICO: Ih, sai fora. Eu sou um besouro macho, muito macho. Bz, Bz, Bz, Bz. Bz, Bz, Bz, Bz, Bz, Bzzzz (ao som da música do Rock Balboa e dando socos no ar).
FORMIGAMIGA: Ah, então o problema é o Baratówsky, né?! Eu sabia!
BESOURICO: Ué, como vc sabia que o problema era o Baratówsky?
RITINHA JOANINHA: Formigamiga? Você anda Besourando aqui o Jardim Terrinha como o Besourico, é?
BESOURICO: Pára com isso, Chatinha Joaninha.
FORMIGAMIGA: Não, não e não. O Louva-a-Deus mesmo já nos ensinou que uma coisa é besourar e outra é vigiar e orar. Além disso, o próprio Baratówsky contou para nós, formigas amigas que trabalham para encher a barriga, que ele está pensando em ir morar e estudar em outro jardim, junto com o Louva-a-Deus. O Baratówsky está ouvindo os conselhos do Louva-a-Deus porque o Louva-a-Deus é uma amigo mais velho e está nos caminhos do Senhor. Nada melhor do que a gente ouvir os mais velhos e ouvir também quem serve a Deus com amor. E não é porque o Baratówsky vai morar em outro jardim que ele vai deixar de ser amigo de vocês. Vocês não conhecem a história de Ana e Samuel. É, aquela que está na Bíblia, a Palavra de Deus. Ana não perdeu o filho dela chamado Samuel. Ela entregou o filho dela para o serviço do Senhor. Samuel não tinha morrido, pois Samuel apenas foi morar em outro lugar para que pudesse estudar e servir ao senhor com mais dedicação. Vocês sabem o que é se dedicar?
RITINHA JOANINHA: Não.
BESOURICO: Não.
FORMIGAMIGA: Vocês sabem, meus amiguinhos?
(...)
FORMIGAMIGA: Olha só, se dedicar é quando a gente cuida das coisas bem direitinho, deixando às vezes de brincar e de ver televisão para prestar atenção no que estar fazendo e fazer as coisas com muito cuidado e atenção. Só assim a gente consegue fazer tudo bem direitinho.
FORMIGUENTA (voz em off): Formigamiga! Volte para o trabalho. Você já está a horas conversando com os insetos do jardim terrinha!
FORMIGUENTA: Bom, meus amigos. Eu vou indo, pois a nossa líder, a Formiguenta, está me chamando. Até breve. E eu espero que vocês tenham entendido porque o Baratówsky vai estudar com o Louva-a-Deus no outro jardim. Até logo!
Besourico e Ritinha se entreolham e, maquiavélicos e olhando para o público, esfregam suas mãos.
Ritinha Joaninha e BESOURICO: É claro que não entendemos.
BESOURICO: Eu vou deixar meu melhor amigo ir embora daqui? Eu não.
RITINHA JOANINHA: Eu também não vou deixar o meu futuro mari...
Besourico olha para Ritinha com ar de flagrante irônico.
RITINHA JOANINHA: É... O meu futuro amiguinho ir embora. Não vamos mesmo, não é, Besourico?
BESOURICO: Claro que não, Ritinha Joaninha. Claro que não.
RITINHA JOANINHA: E o que vamos fazer?
BESOURICO: Vamos pensar.
Besourico e Ritinha Joaninha andam para lá e para cá.
BESOURICO: Bzzzzzzzzzz... Bzzzzzzzzzz... Bzzzzzzzzzzz..... Já sei!!!! (assustando Ritinha Joaninha).
RITINHA JOANINHA: Ai, Besourico! Que susto!
BESOURICO: Calma, Ritinha Joaninha. E ouça minha idéia. Nós sabemos que o Baratówsky é um inseto muito corajoso, que topa qualquer parada. Lembra quando ele invadia a casa daquela vizinha para pegar as migalhas e como ele se desviava das chineladas e do inseticida. E também sabemos que ele tem uma quedinha por você e é muito meu amigo. Se ele desconfiar que aqui no nosso jardim terrinha está rondando um perigo muito grande, ele não vai embora e vai ficar aqui para nos proteger.
RITINHA JOANINHA: Mas no nosso jardim Terrinha é tão bom para se morar, pois não tem perigo nenhum.
BESOURICO: Ora, Ritinha Joaninha. Nós podemos (olha para os dois lados e sussurra) mentir que tem um perigo aqui.
RITINHA JOANINHA: Nada disso, Besourico! Mentir é muito feio. Lembra daquele homem que saiu espalhando por aí que azeitona voava. E você lembra o que aconteceu?
BESOURICO: Vários besouros meus irmãos foram cruelmente comidos.
RITINHA JOANINHA: E quando saíram por aí espalhando que se alimentar de formiga é bom para os olhos.
BESOURICO: Uma pessoa ficou engasgada com o bumbum da tanajura.
RITINHA JOANINHA: Pois é, Besourico. Quando a gente mente, a gente acaba se dando mal. E lembre-se de que somos, como você mesmo diz, dois insetos coleóóóóóóóóópteros, ou seja, dois insetos de classe superior.
BESOURICO: Mas é por uma causa nobre, Ritinha Joaninha. Além disso, não vamos ficar mentindo o tempo todo. Quando acabar o dia da matrícula desse tal de Jardim Secreto da Oração, a gente não mente mais. É só para o Baratówsky não fazer a matrícula. Sendo assim, ele fica aqui de vez com a gente. Que tal?
RITINHA JOANINHA: (um pouco temerosa) Ai, Besourico... Mas só dessa vez, hein?
BESOURICO: Então vamos usar a nossa criatividade para impedir que o Baratówsky se mude para um outro Jardim com o Besourico.
RITINHA JOANINHA: Aiiiiiiii. Será que vai dar certo? Estou com tanto medo...
Besourico e Ritinha Joaninha saem de cena.
DEDÉ COLEIRO: Ai, ai, ai. Meus amiguinhos! Nós não podemos usar a criatividade para mentir, porque vocês sabem muito bem que a mentira é uma coisa muito ruim, seja ela uma mentirinha ou uma mentirona. Vou contar uma coisa para vocês. Sabem a Ana, a mãe do Samuel, aquele sacerdote que também era profeta, um dia estava orando no templo. Um outro sacerdote chamado Eli pensou que ela estava bêbada, porque ele só orava mexendo os lábios, assim (faz expressões faciais). E ela não mentiu, pois disse a verdade para Eli, aquele outro sacerdote mais velho, pois ela disse para Eli que ela estava apenas orando. Também não mentiu para Deus quando disse que, quando Samuel nascesse, ela o consagraria a Deus, pois ela de fato cumpriu o prometido, pois mentir é muito feio! Mas o Besourico e a Ritinha Joaninha ainda não entendiam que quando estamos nas mãos de Deus estamos mais seguros do que qualquer outro lugar, e resolveram aprontar com o Baratówsky e até mesmo com o Louva-a-Deus. Vocês conhecem o Louva-a-Deus? E o Baratówsky? Não?! Então vocês vão conhecê-los agora. E vocês também vão ver como foi essa travessura da Ritinha Joaninha e do Besourico...
Baratówsky e Louva-a-Deus entram em cena, cantando abraçados.
Baratówsky e LOUVA-A-DEUS: Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, louvai a Deus. Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, louvai a Deus. Louvai a Deus! Louvai a Deus! Louvai a Deus! Looooooooouvai a Deus.
LOUVA-A-DEUS: Eu sabia, Baratówsky. Eu sabia que você ia ser meu grande amigo.
BARATOWSKY: Pois é, meu amiguinho verde. Eu percebi que se eu andasse como você, o tempo todo louvando a Deus, eu seria mais feliz. Eu parei de furtar migalhas na casa dos vizinhos, eu parei de andar o tempo todo nos esgotos sujos, eu parei até de andar com o egoísta do Besourico e com a vaidosa da Ritinha Joaninha.
LOUVA-A-DEUS: Calma, Baratówsky. Você não precisa abandonar os seus amigos. Pelo contrário. Você deve mostrar para eles como é bom louvar a Deus. Além disso, o Besourico e a Ritinha Joaninha não são ladrões e nem têm prazer em andar naquele esgoto sujo. O defeito deles não compromete você. Portanto, você deve sim andar com eles para que eles sejam assim como nós, ou seja, para que vejam como é bom louvar a Deus.
BARATÓWSKY: Mas Louva-a-Deus, eu não falei para você que quero aprender mais das coisas de Deus e que quero me matricular naquela escola do Jardim da Adoração, na qual você é professor. E a minha mãe, a Dona Baratelma, me entregou aos seus cuidados, Louva-a-Deus, assim como Ana fez com Samuel. Inclusive eu vou morar lá no outro jardim que fica muito longe daqui. (ao público) E vou morar com outros insetos que também escolheram viver uma vida louvando e aprendendo sobre Deus, assim como você.
LOUVA-A-DEUS: Tudo bem, Bartatówsky. Tudo bem. Mas não é um lugar isolado, apesar de ser longe. Só estou dizendo que, não é porque você não vai mais morar aqui no Jardim Terrinha que você vai deixar de ser amigo do Besourico e da Ritinha Joaninha. Eu já te contei a história de Samuel e de sua mãe Ana, que consagrou o seu filho Samuel para o serviço de Deus. Contei ou não contei?
BARATÓWSKY: Contou.
LOUVA-A-DEUS: Então. Samuel não deixou de reconhecer Ana como mãe depois que entrou para o serviço de Deus. Você sabia que existem umas falsas religiões que o menino deixa de reconhecer a mamãe como sua mamãe? É verdade. Depois que eles entram para algumas religiões, eles passam a tratar as mães como uma pessoa como outra qualquer e não a tratam mais como mamães. E isso é muito ruim, amiguinhos. Agora, se você decidiu se aprofundar mais nos estudos sobre Deus, é claro que você tem que procurar uma escola que lhe ensine a Bíblia, etc.
BARATÓWSKY: Ah que legal! Então eu vou dizer para a Ritinha Joaninha e para o Besourico que eu posso continuar a ser amigos deles. E olha lá. Eles estão vindo para cá. Besourico! Ritinha Joaninha! Eu vou poder...
Ritinha Joaninha entra em cena chorando e sendo “consolada” por Besourico.
RITINHA JOANINHA: Buáááá! Buáááá!
BESOURICO: Não fique assim, Ritinha Joaninha. Vamos chamar o Baratówsky para que ele nos ajude.
BARATÓWSKY: Mas o que aconteceu?
RITINHA JOANINHA: (choramingando) Sabe o que é, Baratówsky? Eu fiquei sabendo que agora você está limpinho porque não está mais andando tanto nos esgotos e bonzinho, porque está andando com o Louva-a-Deus, e me aprontei toda para ficar bem bonitinha para você... Mas estou tendo as minhas pintinhas do meu lindo casco roubadas... Roubadas não, furtadas...
BESOURICO: Furtadas não... Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzuuuuuugadas.
RITINHA JOANINHA: Zugadas não, Besourico. Sugadas. Sugadas.
BESOURICO: É, sugadas. Isso aí. Sugadas.
LOUVA-A-DEUS: E quem está fazendo essa travessura.
BESOURICO: Ah. Oi Louva-a-Deus, tudo bem? Não, sabe o que é? É que aqui no jardim terrinha um bicho zzzzzzzuuuuugador de pintinhas.
RITINHA JOANINHA: Sugador, Besourico. Sugador.
BESOURICO: É, sugador. Um bicho sugador de pintinhas está roubando todas as pintinhas da Ritinha Joaninha.
LOUVA-A-DEUS: Bicho sugador de pintinhas? Eu nunca ouvi falar desse bicho, Besourico.
BESOURICO: Existe sim. Não existe, meus amiguinhos?
As crianças supostamente gritarão: “É MENTIRA!”. Então o Besourico fará um sinal com dedo na boca para que fiquem em silêncio e não contem nada para o Louva-a-Deus e para o Baratówsky.
LOUVA-A-DEUS: E que bicho é esse, Louva-a-Deus?
BESOURICO: É um... É um... (sussurra à Ritinha Joaninha) Como é o nome do bicho mesmo, Ritinha Joaninha?
RITINHA JOANINHA: (sussurra) Tamanduá.
BESOURICO: É um Tamanduá!
LOUVA-A-DEUS: Tamanduá? Que eu saiba, Tamanduá come formigas, e não pintinhas de casco de Joaninha.
RITINHA JOANINHA: Seja como for, o Baratówsky não pode se mudar para outro jardim. Ele tem que ficar aqui para me proteger, não é Baratówsky.
Baratówsky fica dividido.
BARATÓWSKY: Eu não sei... O que você acha disso, Louva a Deus?
LOUVA-A-DEUS: Isso está muito estranho, Baratówsky. Eu nunca ouvi falar de um Tamanduá que come pintinhas de casco de Joaninha, ou suga , sei lá...
Formigalegre entra rapidamente em cena. Ela está disfarçada com um focinho enorme, como se fosse de um tamanduá. Ao entrar em cena, bem veloz, ela vai às costas da Ritinha Joaninha e “furta” uma das pintinhas, fazendo um barulho com a boca de que sugou a pintinha. Depois, sai de cena correndo, dando aquela risada peculiar à da personagem Formigalegre.
BESOURICO: Vocês viram? Vocês viram?
LOUVA-A-DEUS: Que eu saiba, os tamanduás são bem maiores do que esse que entrou aqui e sugou a pintinha da Joaninha.
BESOURICO: É que ele é uma espécie rara de Tamanduá.
RITINHA JOANINHA: É, ele é um Tamanduá Mirim.
LOUVA-A-DEUS: E pelo que eu saiba, os tamanduás não são tão velozes assim, pois os tamanduás têm garras fortes e curvas nas patas dianteiras, que lhes dificultam o andar.
RITINHA JOANINHA: Isso eu não sei. Eu só sei que, enquanto esse Tamanduá Mirim estiver aqui, o Baratówsky tem que ficar aqui no Jardim Terrinha para nos proteger.
O Baratówsky fica pensativo.
LOUVA-A-DEUS: Baratówsky! Você não vai acreditar nessa história, vai?
BARATÓWSKY: Mas Louva-a-Deus. A Ritinha Joaninha não costuma mentir. E além disso, a Ritinha Joaninha só tem a mim, pois esse Besourico é um medroso.
LOUVA-A-DEUS: Mas a matrícula do jardim da adoração é amanhã.
RITINHA JOANINHA: Esse curso de adoração pode esperar (tom) não é, Baratówsky?
BESOURICO: É verdade! Esse curso de adoração pode esperar.
LOUVA-A-DEUS: A decisão é sua, Baratówsky.
Depois de refeltir.
BARATÓWSKY: Bom se é pelo bem do povo e felicidade geral da... da Joaninha, diga aos insetos... QUE EU FICO!!!!
Besourico e Ritinha Joaninha vibram, enquanto que o Louva-a-Deus lamenta.
LOUVA-A-DEUS: Você tem certeza disso, Baratówsky.
BARATÓWSKY: Claro, Louva-a-Deus. Além disso, eu posso muito praticar o bem somente aqui no Jardim Terrinha mesmo.
LOUVA-A-DEUS: Você é quem sabe. E quando eu disse que era para você continuar sendo amigo do Besourico e da Ritinha Joaninha não era para você ser conivente com erro deles. Adeus!
Louva-a-Deus sai de cena.
RITINHA JOANINHA: Tchau Louva-a-Deus. Vai louvar a Deus sozinho.
BESOURICO: É. Sozinho, você fica mais à vontade com Deus.
Baratówsky ainda fica olhando o Louva-a-Deus à distância, um pouco arrependido.
BARATÓWSKY: Louva-a-Deus! Será que algum dia eu ainda posso visitar o jardim da adoração?
RITINHA JOANINHA: Esqueça esse jardim da adoração, Baratówsky.
BESOURICO: É verdade! Seu lugar é aqui no Jardim Terrinha.
Formigalegre, ainda disfarçada de tamanduá mirim, entra em cena sorrindo.
FORMIGALEGRE: Háháháháháhá. Eu vou sugar as pintinhas da Ritinha Joaninha! Háháháháhá! Eu vou sugar as pintinhas da Ritinha Joaninha!
RITINHA JOANINHA: Ai! Lá vem ele de novo, Baratówsky. Socorro! Socorro!
A Formigalegre corre atrás da Ritinha Joaninha, e Baratówsky corre atrás da Formigalegre, e o Besourico só fica no canto rindo. Formiguenta entra em cena junto com a Formigamiga.
FORMIGUENTA: Formigalegre! Formigalegre! Boa tarde, meus amigos insetos, mas eu ouvi a voz da Formigalegre. Ela está aqui?
BARATÓWSKY: Não, Formiguenta. O único bicho diferente que está aqui com a gente é esse Tamanduá Mirim.
FORMIGUENTA: Tamanduá Mirim. Mas até mesmo os Tamanduás Mirins são maiores do que esse bicho aí. Deixe-me ver ele de perto.
Formiguenta se aproxima de Formigalegre e retira a sua (máscara de) focinho afunilado.
FORMIGUENTA: Formigalegre. Era para você estar conosco trabalhando e você está aí fantasiada de Tamanduá Mirim.
Formigamiga - É por isso que eu não gosto de fantasias. As fantasias sempre camuflam uma mentira.
FORMIGUENTA: Pois é.
BARATÓWSKY: Quer dizer que... Quer dizer que... tudo não passou de uma mentira para que eu não viajasse com o Louva-a-Deus para o Jardim da Adoração.
Baratówsky olha entristecido para Ritinha Joaninha e para Besourico.
RITINHA JOANINHA: Olha aqui, foi o Besourico que inventou essa história.
BESOURICO: Eu nada! Foi você.
RITINHA JOANINHA: Eu não! Foi você!
FORMIGUENTA: Parem já com essa briga! (tom) Formigalegre, que história foi essa?
FORMIGALEGRE: Sabe o que é, Formiguenta? Eu estava lá trabalhando. Aí a Ritinha Joaninha e o Beourico me chamaram para me disfarçar de Tamanduá Mirim Sugador de Pintinha de Joaninha para enganar o Baratówsky e eu me disfarcei de Tamanduá Mirim para enganar o Baratówsky.
FORMIGUENTA: Quer dizer que o grande Baratówsky, que se desvia de todas as chineladas e de todos os inseticidas, foi enganado por uma mentira de seus próprios amigos. E ainda contrataram como atriz a Formigalegre com a sua sensacional interpretação de Tamanduá Mirim?
Formiguenta e Formigamiga riem sem parar, apontando para o Baratówsky, que permanece cabisbaixo. Formigalegre acaba se contagiando com as risadas e ri também (com muito mais exagero).
FORMIGUENTA: Já chega, Formigalegre. Vamos voltar ao trabalho. Agora, Baratówsky, eu admiro você, um inseto tão corajoso e inteligente, sendo liderado por uma mentirosa.
Formigalegre, Formiguenta e Formigamiga saem de cena, gargalhando. Baratówsky fica num canto, com expressão de tristeza.
RITINHA JOANINHA: (com cara de espanto e de tristeza) Quer dizer que quem vai ficar com a fama de mentirosa sou eu?
BESOURICO: (disfarça) Bom, com licença, Ritinha Joaninha, que eu vou dar uma Besourada por aí. Bzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz...
RITINHA JOANINHA: Não, Besourico, não me deixa aqui sozinho com o Baratówsky. Divide essa culpa comigo.
BESOURICO: Eu não. Bzzzzzzzzzzzzzzzzzzz....
Besourico sai de cena. Ritinha Joaninha se aproxima de Baratówsky.
RITINHA JOANINHA: Baratówsky. Baratówskyyyyyyyyy. Você... Você me perdoa?
Baratówsky olha para Ritinha Joaninha e sai de cena, sem dizer nada.
RITINHA JOANINHA: (chora) Eu perdi meu amiguinho.
Ritinha Joaninha sai de cena. Dedé Coleiro entra em cena.
DEDÉ COLEIRO: Vocês viram,meus amiguinhos, o que uma mentira pode fazer? E não é só isso. Se a Ritinha Joaninha e Besourico deixassem o Baratówsky nas mãos de Deus, tudo seria diferente. E se a Ritinha Joaninha conhecesse a história de Ana e de seu filho Samuel, isso não teria acontecido. Ana sabia muito bem que não há melhor lugar para se viver do que sob os cuidados de Deus. E antes de Ana ter seu filho Samuel, ela era provocada por uma mulher chamada Penina, pois antes de Ana ter o seu filho Samuel ela era estéril, isto é, ela não podia ter filhos. Então, Ana já sabia que aquele ambiente ali não seria bom para Samuel. Então ela consagrou Samuel ao Senhor antes mesmo de Samuel nascer. Já o nosso amigo Baratówsky, apesar de ter tido uma mãe como a mãe de Samuel, se decepcionou muito com seus amiguinhos Besourico e Ritinha Joaninha. Por isso, meus amiguinhos, nós não temos só que ouvir as nossas mães, mas as mães dos nossos amiguinhos também principalmente se elas fazem a vontade de Deus. E Deus, que é maravilhoso, não só ajudou Samuel, como também ajudou o Baratówsky. Vamos continuar vendo a historinha para vocês saberem o que aconteceu com ele.
Baratówsky está sozinho em cena. Libelton entra em cena.
LIBELTON: Ei! Eu conheço você. Você não é o Baratówsky, da turma do Louva-a-Deus.
BARATÓWSKY: Sou sim, mas estou muito chateado e não quero saber de conversa.
LIBELTON: Eu sabia! Eu sabia! Sempre nos meus vôos por aí eu via sua coragem, como você entrava na casa dos outros para furtar migalhas, praticava esportes radicais nos esgotos, desviava das ...
BARATÓWSKY: É, é, é. Eu fazia isso tudo. Mas eu fazia. Não faço mais. Hoje eu gosto mesmo é de Louvar a Deus.
LIBELTON: Ah, Louvar a Deus também é muito legal.
BARATÓWSKY: Bom, e qual é o seu nome?
LIBELTON: Meu nome é Libééééélton. Sou um inseto amigo dos homens, pois eu como um monte de mosquitos por aí, e os homens ficam menos mordidos pelos mosquitos.
BARATÓWSKY: Ai, eu nem sempre fui amigo dos homens, quando eu não ouvia o que o meu amigo Louva a Deus me dizia. Para falar a verdade, eu nem sei se o Louva-a-Deus ainda é meu amigo...
LIBELTON: Por quê?
BARATÓWSKY: Porque eu fui um Barata Tonta.
LIBELTON: Por quê?
BARATÓWSKY: Porque eu acreditei num monte de mentiras de uns insetos que eu pensei que fossem meus amigos.
LIBELTON: Por que?
BARATÓWSKY: Puxa vida, Libelton? Você só sabe perguntar “por quê”, por quê”, “por quê”! Você é muito chato, Libelton...
Libelton se magoa.
BARATÓWSKY: Ah, me perdoa, Libelton. Acabei de conhecer você e já estou o chamando de chato.
Libelton, de súbito, sorri.
LIBELTON: Claro que perdoou. Olha só como já não estou mais chateado.
Baratówsky se supreende com a mudança de semblante de Libelton.
BARATÓWSKY: É, já estou vendo que tenho muito que aprender com você, pois não tenho tanta facilidade para perdoar. Olha só, já que você voa mais alto do que eu, você me ajuda a encontrar o Louva-a-Deus?
LIBELTON: (empolgadfo) Oba! Ajudo sim! E depois eu posso entrar para a turma de vocês?
BARATÓWSKY: Claro.
LIBELTON: E depois eu posso convidara vocês para ir no M’c Dengue comer um Mosquito Quente?
BARATÓWSKY: Argh! Claro, Libelton. Claro.
Baratówsky e Libelton saem de cena. Formiguenta, Formigalegre e Formigamiga entram em cena.
FORMIGUENTA: Vamos logo, formigas. Temos muito que fazer hoje. Temos que encher a dispensa. O inverno está chegando. Temos que pegar o máximo de folhinhas hoje para não passarmos fome durante o inverno.
FORMIGAMIGA: Onde já se viu, não é Formiguenta? Aqueles insetos do Jardim Terrinha enganando o Baratówsky com aquela história de Tamanduá. Nem parece que eles seguem o conselho do Louva-a-Deus.
FORMIGALEGRE: É mesmo. Háháháháháhá. E olha que eu falei que o Baratówsky não iria cair nessa. Mas o bobão caiu mesmo assim. Háháháháháháhá.
FORMIGUENTA: Eles são muito bobos mesmo. Aquele Tamanduá que andava por aqui pela redondeza já se mudou há tanto tempo. Eu não sei como eles foram desenterrar uma história tão antiga.
As Formigas catam formigas no Jardim Terrinha. A Formigalegre, que ria sem parar, para subitamente de rir, pois uma “língua” gigante (objeto cênico cumprido, no formato de uma língua introduzido em cena com arames cobertos por algum tecido) em cena e puxa as formigas (como se fosse uma bengala) para fora de cena, exprimindo ação da língua de um Tamanduá.
FORMIGUENTA: O que foi, Formigalegre. Por que você parou de rir?
FORMIGALEGRE: A-a-a-a-a-a lín-lín-lín-lín-língua...
FORMIGUENTA: O gato comeu sua língua?
FORMIGALEGRE: A-a-a-a-a-a lín-lín-lín-lín-língua do-do-do Ta-ta-ta...
FORMIGUENTA: Do Ta o quê, Formigalegre.
FORMIGALEGRE: A-a-a-a-a-a lín-lín-lín-lín-língua do Tamaduá!!!!!
Formiguenta, Formigalegre e FORMIGAMIGA: Hááááááááááááá! Socorro! Socorro!
Formigamiga, Formiguenta e Formigalegre são “retiradas” de cena. Ritinha Joaninha e Besourico entram tristes em cena.
RITINHA JOANINHA: Ué, Besourico. Você não disse que ia me deixar com a culpa sozinha?
BESOURICO: Sabe o que é, Joaninha, a minha consciência coléptera está (exagera no fonema “z”) pesada. Muito pesada.
RITINHA JOANINHA: Mas agora é tarde.
BESOURICO: Tarde nada! Se ele for nosso amigo de verdade, ele vai nos perdoar.
RITINHA JOANINHA: Pois eu acho que ele está muito...
Ritinha Joaninha ouve um grito lá de fora.
FORMIGAS (vozes em off): Socorro...
RITINHA JOANINHA: Besourico, você ouviu isso?
BESOURICO: Eu não.
RITINHA JOANINHA: Você deve estar de novo com cera nas anteninhas. Deixa eu limpar essa anteninha aqui.
Ritinha Joaninha limpa as anteninhas de Besourico com cotonete.
FORMIGAS(voz em off): Socorro! Socorro! Socorro!
BESOURICO: Agora estou ouvindo. E parece que são as formigas.
RITINHA JOANINHA: Vamos lá ver, Besourico.
BESOURICO: É, é melhor nós termos certeza que são as formigas mesmo que estão pedindo socorro antes de ir lá. Vamos ficar ouvindo daqui os gritos.
RITINHA JOANINHA: Ai que besouro medroso. Que saudade do meu amiguinho corajoso Baratówsky. Eu vou lá.
Ritinha Joaninha se aproxima da porta de saída e percebe que há um tamanduá (ainda fora de cena).
RITINHA JOANINHA: (surpresa) Besourico... Tem um tamanduá dormindo bem aqui pertinho do Jardim Terrinha.
BESOURICO: Ah, Ritinha Joaninha. Pensa que eu vou cair nessa, é? Tá pensando que eu sou o Baratówsky?
RITINHA JOANINHA: (puxando Besourico) Pois venha ver com seus olhos bizoiudos.
BESOURICO: Calma, Ritinha. Calma. Calma Ritinha... (se aproxima da porta) Puxa é mesmo. E ele parece até com o rapaz da mesa da iluminação que namorava a Karla.
FORMIGAS (vozes em off): Socorro!!! Socorro!!!
BESOURICO: Meu Deus! O grito está saindo de dentro da barriga do Tamanduá.
FORMIGUENTA (voz em off): Mas é claro, Besourico. Nós fomos engolidas pelo Tamanduá.
FORMIGAMIGA (voz em off): E vocês precisam nos ajudar.
RITINHA JOANINHA: Mas de que jeito?
FORMIGUENTA: Vocês tem que arrumar um jeito de entrar dentro da barriga do Tamanduá para nos resgatar.
RITINHA JOANINHA: Isso é impossível.
FORMIGAMIGA: Mas não é impossível para Deus. Lembre-se de que Deus tirou Jonas da barriga de um peixe. E por que não pode nos tirar também?
FORMIGUENTA: É verdade. E vem logo, pois a Formigalegre já está acostumando com a idéia, pois não pára de patinar aqui no estômago do Tamanduá.
FORMIGALEGRE: Uhúúúúúuúúúú!!!!
Ritinha Joaninha olha para besourico.
BESOURICO: Nem olhe para mim, Ritinha Joaninha. Nem olhe para mim. Eu não vou entrar dentro da boca toda babada de um Tamanduá, pois eu sou um inseto...
BESOURICO e RITINHA JOANINHA: ... de classe superior.
RITINHA JOANINHA: Para mim você é um medroso, isso sim. Bom, estou vendo que eu vou ter que ir lá. Vou aproveitar que o Tamanduá está dormindo. Olha só, vamos pegar aquele cadarço de sapato que esqueceram aqui no Jardim Terrinha e usar como corda. E vê se faz alguma coisa de útil, Besourico. Enquanto eu tiver descendo até a barriga do Tamanduá, você vai me guiando segurando a corda, tá legal?
BESOURICO: Está bem.
RITINHA JOANINHA: Ai, pelo menos isso...
Besourico desce a Ritinha Joaninha pela garganta do Tamanduá.
RITINHA JOANINHA (voz em off): Me desce mais um pouco, Besourico, eu estou quase chegando lá.
BESOURICO: (ofegante) Não dá, Ritinha. Esse cadarço é muito curto. Acho que é do Tênis do Pastor Jean Tatu Bolinha.
RITINHA JOANINHA: Ai, Besourico! Então me puxa de novo.
Besourico puxa Ritinha Joaninha pelo “cadarço”, que vem à tona toda melada.
RITINHA JOANINHA: Ai, que nojo! Fiquei toda melada de baba de tamanduá à toa.
Baratówsky e Libelton entra em cena.
LIBELTON: Meu Deus! Meu Deus! É o Besourico e a Ritinha Joaninha, os insetos antenados. Eu vou lá pedir um autógrafo para eles.
Baratówsky segura Libelton.
BARATÓWSKY: Não vá lá não, Libelton. Esses insetos aí na verdade não são nada antenados, e sim enganados! Enganados e enganadores, isso sim!
LIBELTON: Deixa eu ir lá, Baratówsky. Eu estava esperando tanto uma oportunidade como essa.
BARATÓWSKY: Ai, tá bem, tá bem. Vai lá. Mas cuidado para você não virar um inseto mentiroso também.
LIBELTON: Obrigado, Baratówsky!
Libelton abraça Besourico e Ritinha Joaninha.
RITINHA JOANINHA: Quer dizer então que você nos perdoou?
BARATÓWSKY: É... Perdoei.
BESOURICO: Então podemos contar com o inseto mais corajoso do jardim Terrinha de novo.
LIBELTON: Claro, claro! E pode contar comigo também.
RITINHA JOANINHA: Mas por enquanto nós queremos é a ajuda do Baratówsky mesmo. Vem cá, Baratówsky. Você não sabe da maior?
BARATÓWSKY: E com certeza não é você, né, Ritinha Joaninha.
BESOURICO: Hihihi. Chamou de Baixinha. Baixinha Joaninha!
Besourico e LIBELTON: Baixinha Joaninha! Baixinha Joaninha.
BESOURICO: O garoto já está aprendendo. Já pode entrar para a turma.
RITINHA JOANINHA: Querem parar com isso! Nós estamos perdendo tempo. Vem Baratówsky. As formigas precisam de sua ajuda. Elas foram engolidas pelo Tamanduá e já estão...
BARATÓWSKY: E você quer que eu caia nessa de novo, Ritinha Joaninha?
RITINHA JOANINHA: Não, mas é verdade. Venha, Baratówsky.
BESOURICO: É verdade, Baratwosky. Eu sou testemunha.
BARATÓWSKY: Ah. Quer saber de uma coisa. Vamos embora, Libelton. Estou vendo que eles ainda não aprenderam a lição, pois continuam os mesmos mentirosos de sempre.
LIBELTON: Não, Baratówsky. Eu vou ficar com os meus novos amigos. Você tem que dar um voto de confiança para eles. Perdoar não é só de boca! Tem que ser também de atitude!
BARATÓWSKY: “Ati” o quê?
LIBELTON: Atitude! Você tem que agir. Portanto, volte a conviver com seus amiguinhos, dando uma chance a eles de ficar bem com Deus de novo!
Baratówsky agora fará um discurso a seguir, de costas para a porta da saída, mesmo que esteja próximo dela, não percebendo que o Tamanduá (um fantoche gigante que ocupará praticamente a porta inteira, como uma boca que tem um aspecto de uma cortina de passagem) chegou.
BARATÓWSKY: Estão vendo, meus amiguinhos. Os mentirosos têm a capacidade de contagiar as pessoas, os isentos, os pássaros, isto é, todos os seres desse planeta...
RITINHA JOANINHA: (tentando avisá-lo) Ba-ba-baratówsky.
BARATÓWSKY: Espera eu acabar de falar, Ritinha Joaninha. Então, meus amiguinhos, a pessoa que mente quando mente nem sente, que nem pão quente...
Provavelmente as crianças avisarão o Baratówsky que o Tamanduá está ali.
LIBELTON: Baratówsky, em mim você acredita, não é?
BARATÓWSKY: Ora, em você eu acredito porque você é um inseto distinto que...
LIBELTON: Então olhe para trás e veja com seus próprios olhos, Baratówsky.
BARATÓWSKY: Ver o quê? (notando) Aiiiiiiiiiiiiiiiiiii. Que bicho mais feio, sô.
TAMANDUÁ: Bicho feio é você, seu inseto nojento. Vê se eu fico andando pelos esgotos que nem você.
BARATÓWSKY: Eu andava. Afinal, eu segui os conselhos do meu amigo Louva-a-Deus, tá bom.
TAMANDUÁ: É, mas quando você teve que dar ouvidos para o Louva-a-Deus no momento mais importante você não deu.
BARATÓWSKY: Olha só que acusador. Eu vou aí lhe mostrar uma coisa.
RITINHA JOANINHA: Espere, Baratówsky. Nós não podemos fazer nada com ele.
BARATÓWSKY: Por que, Ritinha Joaninha?
RITINHA JOANINHA: Porque as formigas estão dentro da barriga dele.
LIBELTON: Ih! Parece até a história do profeta Jonas que foi engolido por um grande peixe e que só foi colocado para fora porque Deus teve misericórdia.
BESOURICO: Sabe tuuuuuuuuuuuuuudo!
RITINHA JOANINHA: Fiquem quietos! Olha só, a única esperança é a gente ir lá dentro da barriga dele e buscar as formigas.
BARATÓWSKY: Então deixa que eu vou lá.
LIBELTON: Baratówsky. Você não está vendo que com todo o seu tamanho você não vai passar na boca do Tamanduá.
RITINHA JOANINHA: É verdade. Eu não tinha pensado nisso.
LIBELTON: E quer saber de uma coisa. Eu vou lá.
BESOURICO: Você? Háháhá! Você é muito novinho. Novinho, magrinho e, pelo que eu estou vendo, bem burrinho.
RITINHA JOANINHA: É, mas já que os insetos fortes e coleópteros como você não podem ir lá, tem que ser o magrinho, noivinho e burrinho mesmo.
LIBELTON: Pode dispensar o burrinho, Ritinha Joaninha.
BARATÓWSKY: Então vá, Libelton. Mas tome cuidado!
RITINHA JOANINHA: Não quer levar o cadarço do tênis do Pastor Jean Tatu Bolinha para usar como corda.
LIBELTON: Não será preciso. Observem só!
Libelton se aproxima do Tamanduá.
LIBELTON: Olá, seu Tamaduá.
TAMANDUÁ: O que você quer? Dinheiro eu não tenho para lhe emprestar.
LIBELTON: Calma, seu Tamanduá. Eu só quero lhe oferecer meus serviços gratuitos.
TAMANDUÁ: Como assim?
LIBELTON: Sabe como é, né. Tamanduá que se preza, come formiga que está trabalhando. E geralmente elas trabalham carregando folhas e mais folhas.
TAMANDUÁ: E daí?
LIBELTON: Bom, eu sugiro que você me utilize como palito.
TAMANDUÁ: Se você fosse tão esperto assim, saberia que eu não tenho dente nenhum na boca.
LIBELTON: Mas seu Tamanduá. Pode ser que haja uma folhinha no céu da sua boca. O senhor me deixaria mostrar para o senhor que é capaz de ter uma folhinha na sua boca?
TAMANDUÁ: Bom... Está bem. Mas só uma vezinha, hein?!
LIBELTON: Está bem. Deixe-me ver...
Libelton entra na boca do Tamanduá e retira uma folhinha, ganhando a confiança do mamífero.
TAMANDUÁ: Ah. Que bom. Sinto-me até aliviado. Ei, jovem inseto. Será que você poderia procurar mais folhinhas na minha boca.
LIBELTON: Claro, seu Tamanduá! Claro!
Libelton pisca para Ritinha Joaninha, para Baratówsky e para Besourico. Libelton entra na boca do Tamanduá. E lá dentro, faz cócegas na garganta do mamífero.
TAMANDUÁ: Háháhá! Está fazendo cócegas! Háháhá! Não estou agüentando! Háháhá! Não! Cócegas na garganta não! Háháhá! Há... Acho que eu vou. Acho que eu vou! Acho que eu vou....
Sonoplastia. Libelton sai da boca do Tamanduá.
LIBELTON: Turma! Se preparem par receber novamente as amiguinhas de vocês.
TAMANDUÁ: Vomitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaar...
As formigas entram em cena pela “boca” (cortinada) do boneco do Tamanduá.
Todos os insetos celebram a volta das formigas.
TODOS: Jardim Terrinha salvou as formiguinhas!!! Jardim Terrinha salvou as formiguinhas!!!
BARATÓWSKY: E o Libelton também.
Louva a Deus entra em cena, com as malas prontas e junto com a Esperança.
LOUVA-A-DEUS: Ora, ora. Vejo que estão todos felizes aí no Jardim Terrinha.
BARATÓWSKY: Oi, meu amigo Louva-a-Deus. Eu..eu...
LOUVA-A-DEUS: Pois é, Baratówsky. Você quis ficar com seus amiguinhos. E eu vou respeitar a sua decisão.
RITINHA JOANINHA: Olha só quem está do lado do Louva-a-Deus. É a...
Besourico, Libelton e BARATÓWSKY: Esperança!
LIBELTON: É... Louva-a-Deus. Será que você poderia me deixar conversar só um pouquinho com a Esperança?
LOUVA-A-DEUS: Claro, inseto abençoado.
LIBELTON: Esperança, é... Me dá um autógrafo.
RITINHA JOANINHA: É melhor eu conversar com a esperança. Vem cá, esperança!
Ritinha Joaninha leva Esperança para um canto para conversar com ela. Besourico as segue.
LIBELTON: Louva-a-Deus. Sabia que eu sou seu fã!
LOUVA-A-DEUS: Ah é? E de Deus?
LIBELTON: De Deus mais ainda!
RITINHA JOANINHA: (sussurra) Esperança, você não poderia pedir para o Louva-a-Deus levar o Baratówsky para estudar no Jardim da Adoração. Ele queria tanto fazer esse curso.
BESOURICO: (se aproxima da Esperança e da Ritinha Joaninha) É verdade. Ele está tão triste por ter sido enganado por nós.
RITINHA JOANINHA: E nós, arrependidos.
ESPERANÇA: Mas vocês não queriam que ele ficasse?
BESOURICO: Só que nós fomos muito egoístas ao pensarmos e agirmos assim.
RITINHA JOANINHA: É verdade. Vai, amiga! Você é a nossa única Esperança, pois somente a Esperança que vem de Deus é a verdadeira esperança..
ESPERANÇA: Está bem... Louva-a-Deus. Já pode falar o que você veio fazer aqui.
LOUVA-A-DEUS: (sorri) Eu vim fazer novamente o convite a você, Baratówsky. Está mesmo a fim de estudar a Palavra de Deus no Jardim da Adoração e morar por uns tempos lá?
BARATÓWSKY: Então... o convite ainda está de pé?
LOUVA-A-DEUS: Claro. Vamos ou não vamos?
BARATÓWSKY: Vamos sim. Tchau, meus amiguinhos. E se um dia eu voltar, vocês podem ter certeza que eu voltarei sem sentir mais o prazer que eu sentia quando eu furtava migalhas na casa do vizinho nem com aquela sujeira toda do esgoto. Libelton. Tenha pelos meus amigos insetos do Jardim Terrinha mesma amizade que eu tive por eles. Tchau, meus amigos! Tchau. Tchaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaau...
Baratówsky, Louva-a-Deus e Esperança saem de cena, cantando “Aleluia, Aleluia,Aleluia, Aleluia, Louvai a Deus...’.
Música do Fernando e da Paulinha (Tema de despedida)
DEDÉ COLEIRO: Viram só, meus amiguinhos? Assim como Ana entregou o seu filho nas mãos de Deus, nós também podemos confiar que os nossos amiguinhos estão numa boa quando estão nas mãos de Deus. Ana entregou seu filho Samuel para obra de Deus por amor, da mesma forma que Ritinha Joaninha e o Besourico, pois confiando que Deus tem o melhor para os nossos amiguinhos também é uma forma de amá-los. E Deus não deixou Ana, a mamãe de Samuel, desamparada, pois permitiu que Ana tivesse mais filhos. Da mesma forma, os insetos do Jardim Terrinha ganharam outro amiguinho, o Libelton, um inseto jovem cheio de novas idéias. Além disso, aconteceu uma outra coisa no Jardim Terrinha, já que estamos vivendo em outros tempos. Vejam vocês mesmos, com seus próprios olhos...
RITINHA JOANINHA: Será que o Baratówsky está bem lá no Jardim da Adoração.
FORMIGAMIGA: Claro, Ritinha Joaninha. Todo mundo que fica perto de quem louva a Deus fica numa boa.
RITINHA JOANINHA: É, né...
BESOURICO: Será que lá no Jardim da Adoração tem Interfolhinha?
FORMIGAMIGA: O que é isso?
BESOURICO: Ué, é a Internet do Jardim Terrinha.
RITINHA JOANINHA: Ah, não deve ter não.
LIBELTON: Amiguinhos! Vamos conferir para vê se lá tem. E aí, a gente aproveita para conversar com o o Baratówsky, com o Louva-a-Deus, com a Esperança. Eu sei tudo de Internet, Interfolhinha, Interflorzinha...
FORMIGUENTA: Sabe mesmo, Libelton?
LIBELTON: Sei sim! Vamos ver se ele tem orkut? E a í a gente conversa com ele!
INSETOS: Obaaaaaaaaaaaaaa!
De dentro das flores, o Libelton puxa um “computador” (repleto de flores e folhas) e um “teclado”. O monitor desse “computador do Jardim Terrinha” é o telão do Data Show. Nele, uma simulação da tela do orkut, com uma foto do Libelton, outra foto do Louva-a-Deus, outra foto do Baratówsky, outra foto da Esperança. O bate-papo “on line” no data show será o seguinte.
(foto da turma no datashow)– Oi Baratówsky!
(foto do Baratowsky no data show)– Oi. Eu estou muito bem aqui no Jardim da Adoração.
(foto da turma no datashow)– – Oi Louva-a-Deus.
(foto do louva-a-Deus– Oi! Usem o Orkut, MSN, Facebook para falar de Jesus para as pessoas.
(foto da turma no datashow)– – Oi Esperança!
(foto da Esperança no datashow)– – Oi! Como é bom ter esperança no coração. Com Jesus do nosso lado, nós amamos de montão.

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