terça-feira, 2 de agosto de 2011

A TURMA DO LOUVA-A-DEUS III

A TURMA DO LOUVA A DEUS III

Mais uma história que se passa no Jardim Terrinha, onde, insetos conversam entre si e com as crianças. História rica e divertida cheia de conceitos bíblicos, de relacionamentos, respeito, natureza e louvor a Deus.
A maioria dos personagens já são conhecidos da outras histórias(peças)

A TURMA DO LOUVA-A-DEUS A TURMA DO LOUVA-A-DEUS II


Formigalegre entra em cena, gargalhando, pois está lembrando do jogo de queimado do episódio anterior.
FORMIGALEGRE: Há há há há! Há, oi amiguinhos. Vocês estão aí de novo. Ai, como é bom lembrar das coisas, trazendo à nossa memória o que nos dá esperança! Pois é! Há há há há! Estou lembrando do jogo de queimado que nós, Formigas que trabalhamos para encher nossas barrigas, jogamos contra os insetos do jardim Terrinha. Foi tão legal aquele jogo. Nós perdemos, mas no final, por causa do conselho da Ritinha Joaninha, recebemos os objetos de presente doas mãos dos próprios insetos do Jardim Terrinha. Eu ganhei um pula-pula, e meus amiguinhos ganharam uma máscara, um livro e um violão. E a história em que enfrentamos um tamanduá então. Foi radical! Ah, meus amiguinhos. Vocês se lembram do meu nome? Olha só. Eu vou dar uma dica. Eu sou uma formiga que gosta muito de gargalhaaaaaaaaaaar. E que é que gosta de gargalhar. E quem é gosta de rir. São todos os que ficam ... Isso aí! Felizes. É feliz, alegre. É isso aí, amiguinhos. Eu sou a Formigalegre! E sabe o que eu vim fazer aqui? Eu vim visitar o Jardim Terrinha (sorri). Pois é. O Baratowsky falou que nós poderíamos vir aqui para conversar, para brincar, ou quem sabe... Namorar (esconde o rosto. Formiguto entra em cena). Ouviram, meus amiguinhos?
FORMIGUTO: Ainda bem que eles não ouviram, né, Formigalegre.
FORMIGALEGRE: (surpresa) Formiguto!!! O que você está fazendo aqui??? Você não viajou com a Formiguenta e com a Formigamiga para Formigópolis para tirar umas férias.
FORMIGUTO: Eu ia tirar umas férias lá em Formigópolis, mas resolvi ficar aqui, pois eu sabia que você iria aprontar. Onde já se viu? Tão novinha, tão criancinha, mas já está pensando em namorar. Ora, Formigalegre. Vá brincar, vá pular, vai dançar. Depois você pensa nisso.
FORMIGALEGRE: Olha aqui, seu Formiguto enxerido! Das duas, uma. Ou você está querendo fazer fofoca da minha pessoa, da minha pessoa não, da minha formigalidade... ou você veio aqui porque você está querendo namorar a Ritinha Joaninha.
FORMIGUTO: Não! Não é verdade! O que você disse é uma grande mentira!
FORMIGALEGRE: Ahá! O Formiguto gostou da Ritinha Joaninha! O Formiguto gostou da Ritinha Joaninha!). Olha aqui, Formiguto. Eu fiquei sabendo que ela tem namorado. E pior do que namorar quando nós somos ainda criancinhas, é namorar a namorada dos outros.
FORMIGUTO: Olha aqui, Formigalegre. Eu vou te pegar e te dar uma surra que vai acabar com sua alegria já, já.
Formigalegre corre, gargalhando e gritando, mas de repente para
FORMIGALEGRE: Ô Formiguto. Você não notou que já era hora de ter algum inseto aqui no Jardim Terrinha.
FORMIGUTO: (parando de correr) É verdade! Será que eles estão dormindo nessa hora. Ou será que eles também foram para Fomigópolis?
FORMIGALEGRE: Não, Formiguto. Nesse período de Férias, lá em Formigópolis só pode ir formiga. Lembra que o Marimbondo cortou as asas para se passar por formiga para poder passar as férias lá e teve os seus ferrões todos apreendido pela Patrulha Tana Jura.
FORMIGUTO: É mesmo. Bom, então...
Formiguto e FORMIGALEGRE: (olhando para as crianças)... o que será que aconteceu?
FORMIGALEGRE: Bom, eu preciso saber as horas. Amiguinho! Que horas são! (uma criança responde) Ih, já está na hora dele chegar!
FORMIGUTO: Dele quem?
FORMIGALEGRE: Do inseto que sempre reúne todos os insetos para agradecerem ao Papai do Céu.
FORMIGUTO: Era só o que faltava: inseto evangélico. Quem precisa se converter urgentemente é o mosquito da dengue.
FORMIGALEGRE: Deixa de ser implicante! Eu vou chamar ele!
Formigalegre assobia. Entra em cena Louva-a-Deus, cantando Aleluia de Haendel.
LOUVA-A-DEUS: Aleluia! Aleluia! Aleluia! Aleluia! Louvai a Deus! Aleluia! Aleluia! Aleluia! Aleluia! Louvaaaaaaaaaai aaaaaaa Deeeeeeeeeeeus!
FORMIGALEGRE: É o Louva-a-Deus.
FORMIGUTO: E aí, Louva-a-Deus, beleza? Aí, posso te dar uma ideia? Por que você não entra em cena de outro jeito. Sempre essa mesma entrada mixuruca.
LOUVA-A-DEUS: Ah, Formiguto, já mudei até a música.
FORMIGUTO: Você tem que ser mais agitado. Mais maluco. Mais doidão. Assim, ó (com timbre de voz de cantor de rock e se sacudindo todo) Louvai a Deus! Louvai a Deus! Louvai a Deus!
LOUVA-A-DEUS: Ah, já entendi. Vamos fazer o seguinte. Fica lá de baixo também, que eu e a Formigalegre vamos te chamar para você entrar desse jeito aí que você acha que é bem legal, bem maneiro, ta bem. Vai lá!
Formiguto fica posicionado onde estava o Louva-a-Deus antes de este entrar.
LOUVA-A-DEUS: Vamos lá, meus amiguinhos!
FORMIGALEGRE: Vamos fazer outra festa, só que agora para entrada do Formiguto.
Louva-a-Deus e FORMIGALEGRE: Um, dois e ...
Louva-a-Deus e Formigamiga assobiam. Formiguto entra em cena pulando exageradamente, como se estivesse se exibindo. Enquanto ele entra, Louva-a-Deus, Formigalegre e as crianças gritam, com um som de rock ao fundo, o nome do Formiguto. Quando Formiguto chega no palco, tropeça e cai.
FORMIGUTO: Aiiiiiii. Machuquei a minha patinha.
FORMIGALEGRE: Está vendo só? Quem mandou querer se exibir.
FORMIGUTO: Ah, não foi nada, tá?! Foi só um acidente.
LOUVA-A-DEUS: Ai, ai. Tá vendo só, meus amiguinhos. A gente apronta, apronta, e depois que a gente se machuca ou se dá mal, a gente diz que foi acidente.
FORMIGALEGRE: Ih, Louva-a-Deus. Você falando de acidente assim, até eu paro de rir.
FORMIGUTO: Louva-a-Deus. Houve um acidente aqui no Jardim Terrinha.
LOUVA-A-DEUS: Não foi um acidente. Mas foi um incidente.
Formiguto e FORMIGALEGRE: Incidente????
LOUVA-A-DEUS: É! Incidente! E bem indecente!
Formiguto e FORMIGALEGRE: Indecente?
LOUVA-A-DEUS: É. Vocês querem saber o que aconteceu? E para os meus amiguinhos, nós vamos voltar o filme. Éder! Volta o DVD aí!
Som de fita K7 voltando. Os personagens Louva-a-Deus, Formiguto, Formigalegre, Lagartícia, Saporildo, Morcegulóide, Baratowsky e Ritinha Joaninha. Depois do “efeito especial”, aí sim começa de fato a cena.
Instrumental ao fundo para a música dos “Comedores de Insetos”.
LAGARTÍCIA, SAPORILDO e MORCEGULÓIDE: Somos devoradores de insetos! Vamos devorar! Somos devoradores de insetos. Vamos devorar!
É Lagartícia! É Lagartícia! É Lagartícia! É Lagartícia!
Saporildo! Saporildo! Saporildo! Saporildo!
Morcegulóide! Morcegulóide! Morcegulóide! Morcegulóide!
LAGARTÍCIA: Com mil lagartos! Chegamos a ilha paradisíaca do Jardim Terrinha!
MORCEGULÓIDE: Lagartícia. Você tem que ser é jogada na parede mesmo!
LAGARTÍCIA: Aiiii! Me joga na parede e me chama de Lagartícia!
MOCERGALTON: Onde você está vendo ilha, minha filha! Isso aqui é só um jardim. O famoso Jardim Terrinha!
LAGARTÍCIA: Ai, Morcegulóide! É só um modo de falar do Jardim Terrinha como se ele fosse uma utopia.
MORCEGULÓIDE: Largatícia! Além de ilha você também está vendo pia aqui no jardim! Deixa de ser estrupícia, Lagartícia. Deixa de ser estrupícia, Lagartícia!
LARGATÍCIA: Estrupício é você que não sabe nem o que é uma utopia!
MORCEGULÓIDE: É você.
LARGATÍCIA: É você.
Lagartícia e Morcegulóide, dizendo “é você”, se engalfinham.
SAPORILDO: Parem com essa briguinha boba! Viemos aqui para uma missão muito importante. Como vocês sabem, a Convenção dos Devoradores de Insetos vai premiar o melhor banquete dos insetos. E nós viemos aqui no famooooooooso Jardim Terrinha para ... (rab, rab... rab, rab,rab,rab, rab).
Ao coaxar, Saporildo sai pulando incessantemente, enquanto Lagartícia e Morcegulóide tentam deter os seus pulos, até que Saporildo se “recompõe”.
MORCEGULÓIDE: Melhorou, saporildo?
SAPORILDO: É ansiedade, meu caro. Ansiedade me deixa assim.
LARGATÍCIA: Esses teus tiques nervosos me fazem subir pelas paredes.
MORCEGULÓIDE: Eu sou o único normal de nós três.
LARGATÍCIA: Ah é! E quem é gosta de morcegar aqui, hein?! E quem é que gosta de dormir de cabeça pra baixo? E quem é o chupa sangue?
MORCEGULÓIDE: Chupar sangue não porque minha parada é fruta.
SAPORILDO: Silêêêêêêêêncio! Eu já falei para vocês pararem com essas briguinhas bobas. Viemos aqui para capturar dois insetos. Um, considerado o mais sujinho do inseto do jardim Terrinha, e outro, a mais limpinha.
MORCEGULÓIDE: Ah é, Saporildo. Tu me disse que era para fazer aquele contrate no gosto da galera lá na Convenção dos Devoradores de Insetos.
LAGARTÍCIA: Contraste, seu morcego debiloide
MORCEGULÓIDE: É, contraste, isso aí!
SAPORILDO: Claro, Morcegulóide. Será um prato interessante. Barata com Joaninha.
MORCEGULÓIDE: É! Em vez de batatinha gratinada, poderemos chamar esse prato de Joaninha Baratinada. Mas a barata daqui do Jardim Terrinha é macho. Tem algum problema?
SAPORILDO: Claro que não. O único problema que temos é que eu tenho somente uma só rede de pegar insetos, que eu mesmo inventei, olha só que linda ela é.
MORCEGULÓIDE: E qual é o problema de só haver uma rede, Saporildo.
LAGARTÍCIA: Ô seu morcego tapado! O que o Saporildo está querendo dizer é que, se ele errar o primeiro lance, é capaz de o outro inseto fugir, para bem longe, muito longe, muito longe mesmo, e nós só conseguirmos capturar um inseto só. É aí que entra a minha inteligência. Eu, como um réptil bem esperto...
MORCEGULÓIDE: Um o quê?
LAGARTÍCIA: Um réptil, Morcegulóide! (grita) Réptil! Eu sou uma Largatíxa, logo sou uma réptil. Você é um mamífero que voa, e o Saporildo, o nosso lindo chefinho, é um anfíbio. E os répteis são muito espertos. Sabem a hora certa de capturar insetozinhos que estão distraídos, dando bobeira, com a nossa língua mais do que rápida...
MORCEGULÓIDE: Só que eu e o Saporildo também temos agilidade para capturar insetos para comer, sua metida.
LAGARTÍCIA: Mas além de ser uma esperta caçadora de insetos, assim como vocês dois, eu sei de uma fórmula muito interessante de deixar um inseto grudadinho um no outro.
SAPORILDO: Sabe mesmo, Lagartícia?
LAGARTÍCIA: Sei sim.
BARATOWSKY: (de fora de cena) Vamos depressa, Ritinha Joaninha! Temos que ensaiar!
RITINHA JOANINHA: (de fora de cena) Você quer esperar, Baratowsky!
SAPORILDO: Ih, os insetos estão chegando. Vamos nos esconder. Quero ver se essa sua estratégia vai dar certo mesmo, hein, Lagartícia.
LAGARTÍCIA: Deixa comigo.
Saporildo, Lagartícia e Morcegulóide se escondem. Ritinha Joaninha entram em cena.
BARATOWSKY: Ritinha Joaninha. Eu já falei mil vezes que eu não tenho jeito para dançar. E se eu não ensaiar, e aí que eu vou pagar o maior mico no concurso de dança.
RITINHA JOANINHA: Mas o concurso é depois das férias, Baratowsky. Para quê essa pressa toda?
BARATOWSKY: Ora, Ritinha Joaninha. A minha pressa é para chegar na hora exata do ensaio. Respeitar o horário marcado é muito importante.
RITINHA JOANINHA: Eu sei, Baratowsky. Já estou aqui. Não precisa ficar resmungando.
BARATOWSKY: Então, mãos à obra. Mãos não! Patinhas à obra! Eu tenho que mexer minhas patinhas no compasso da música, e eu não sei nem gingar pra cá, gingar pra lá. Você viu o fiasco que foi o meu desempenho na disputa de queimado contra as formigas.
RITINHA JOANINHA: Então presta atenção. Eu vou ensinar só uma vez. É assim, ó.
Ritinha Joaninha demonstra ao Baratowsky um passo de dança bem complexo.
BARATOWSKY: Vai mais devagar, Ritinha Joaninha. Assim você confunde meus dois cérebros.
RITINHA JOANINHA: Você tem dois cérebros, Baratowsky?
BARATOWSKY: É. E eu nem sabia disso. Li num livro desses noutro dia.
RITINHA JOANINHA: Vê lá o que você anda lendo , hein, Baratowsky. Daqui a pouco você vai pensar que é o Super Baratowsky.
BARATOWSKY: Tá bom. Vai, repete logo esses passos de novo aí, que eu vou aprender.
RITINHA JOANINHA: É assim, ó!
BARATOWSKY: Ah, assim...
Baratowsky e Ritinha Joaninha estão dançando, porém distantes um do outro. Lagartícia entra em cena e olha para ambos como estivesse ridicularizando a performance da dança deles e, logo depois, começa gargalhar.
LAGARTÍCIA: Háháháháháháhá!
RITINHA JOANINHA: Quem é a senhora.
LAGARTÍCIA: (para subitamente de rir) Senhora está no céu.
RITINHA JOANINHA: Mas o Senhor ressuscitou, está no céu e na terra.
LAGARTÍCIA: Na Terra? (háháhá). Se ele estiver aqui na terrinha do tal do Jardim Terrinha, deve está morrendo de rir com essa dança aí de vocês (háháhá).
RITINHA JOANINHA: Ah, eu duvido que você consiga dançar assim como eu.
BARATOWSKY: É mesmo. Nem eu consigo fazer esse passo. Ô Ritinha Joaninha, talvez ela tenha razão. Não era melhor nós ensaiarmos um passinho menos complicado.
RITINHA JOANINHA: Ô Baratowsky, você vai ficar indo na onda dessa daí que você nem conhece.
LAGARTÍCIA: Essa daí não! O meu nome é Lagartícia. Uma réptil que não perde a excelência e tem como essência a aderência. Muito prazer.
BARATOWSKY: Ih, esse negócio de aderência não está me cheirando bem.
RITINHA JOANINHA: Espere, Baratowsky. Pensando bem, é melhor mesmo não discriminar tão rápido essa que apareceu aqui de repente no Jardim Terrinha. Vamos ouvir o que ela tem a dizer.
BARATOWSKY: Ah, ouve você. Eu vou ficar aqui no cantinho ensaiando.
Baratowsky se isola no canto, treinando o passo de dança, enquanto Ritinha Joaninha e Lagartícia conversam no outro canto.
LAGARTÍCIA: Hmmm, parece que você parece ser uma insetinha muito inteligente. Você está começando a ver que eu não sou assim tão ruim como eu pareço. Ouça bem, Ritinha Joaninha.
RITINHA JOANINHA: Como você sabe meu nome?
LAGARTÍCIA: Eu vi o DVD de vc´s. E por sinal estava muito bom. Parabéns pela produção. Pois então, Ritinha Joaninha, eu não ri por causa do passo de dança em si. Eu ri porque vocês estão tão separados, parecem até que estão com medo de chegar um perto do outro. Em pleno século XXI? Ah, não.
RITINHA JOANINHA: E o que você sugere, Lagartícia?
LAGARTÍCIA: Ora, que vocês fiquem (agarra Ritinha Joaninha) grudadinhos um nos outro.
RITINHA JOANINHA: Ai! Como você é grudenta!
LAGARTÍCIA: Grudenta sim, mas não lenta. Você tem que ir rápido rumo ao que está na moda. Não pode ficar parada no tempo, minha filha.
RITINHA JOANINHA: É..., mas... o Louva-a-Deus disse que nós somos muito pequeninos ainda para dançar grudadinho, e disse que até para adulto é muito delicado esse tipo de dança grudadinho.
LAGARTÍCIA: Ora, e esse tal do Louva-a-Deus, que é a parte chata do DVD, está aqui?
RITINHA JOANINHA: Ainda não, mas...
LAGARTÍCIA: Então vamos logo, menina. O que você está esperando para incrementar esse passo de dança. Dançando agarradinho, esse concurso vai estar no papo!
BARATOWSKY: E o Baratowsky. É muito difícil convencê-lo, pois ele é muito turrão.
LAGARTÍCIA: Ah, Ritinha. Eu já convenci você. E olha que eu nem te conheço direito, hein?! Vá lá. Divide essa tarefa comigo. O Baratowsky, mesmo tendo dois cérebros, parece que não usa nenhum dos dois. Vá lá e pense por ele. Mostre para ele o caminho da ciência do bem e do mal, por que o mal, de certa forma, completa o bem.
RITINHA JOANINHA: Como assim. Lagartícia. Não entendi!
LAGARTÍCIA: Pense, Ritinha Joaninha. Para que vocês ganhem o concurso de dança tendo como participante o nada talentoso Baratowsky, somente fazendo algo só um pouquinho errado. Uma coisinha errada feita para que uma coisinha boa aconteça. E essa coisa boa é... A VITÓRIA NO CONCURSO DE DANÇA INTERJARDINAL!!!!
RITINHA JOANINHA: Mas não vamos ter nenhum efeito negativo por causa disso?
LAGARTÍCIA: Claro que não. E depois que vocês ganharem o concurso, vocês não vão nem pensar nisso.
Ritinha Joaninha faz expressão de que foi persuadida por Lagartícia.
LAGARTÍCIA: Deixa comigo, Lagartícia. Se eu convencê-lo e nós ganharmos, será uma prova de que nós, Joaninhas, somos mais inteligentes desses daí que pensam que são um barato.
LAGARTÍCIA: Isso aí, menina esperta.
RITINHA JOANINHA: Ô Baratowsky. Baratowsky!!!! Eu sei uma forma de dançar que você vai aprender rapidinho, rapidinho.
BARATOWSKY: Ah, então me ensina, que eu estou todo confuso com esse passo maluco que só você sabe fazer.
RITINHA JOANINHA: É simples. Você dança agarradinho junto comigo. E aí você aprende mais rápido. Vem.
BARATOWSKY: Ah não, Ritinha. Lembre-se de que o Louva-a-Deus falou que nós somos ainda muito novinhos para dançar assim, grudadinhos. Até para os adultos é perigoso.
RITINHA JOANINHA: É, mas o Louva-a-Deus também disse que nós somos muito novinhos para namorar. Lembra que você queria me namorar?
BARATOWSKY: É, mas não é melhor obedecer. Você mesmo disse que ele só sabe fazer o bem.
RITINHA JOANINHA: Só que ganhar um Concurso Interjardinal de Dança também é um bem. Você não acha?
BARATOWSKY: É, de certa forma você tem razão.
RITINHA JOANINHA: Então vamos logo, Baratowsky, porque já perdemos muito tempo.
BARATOWSKY: Ah, devagar, Ritinha, devagar, porque...
Sorrateiramente, Lagartícia prende a antena de Baratowsky à da Ritinha Joaninha.
RITINHA JOANINHA: Ai, Baratowsky. Estamos presos pelas anteninhas.
BARATOWSKY: Ai. É claro. Essa Lagartícia aí nos prendeu. Está vendo. Foi dar ouvido a ela.
LAGARTÍCIA: Háháháhá! Agora é tarde. Saporiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiildo! Morcegulóóóóóóide! Podem aparecer, que o banquete de amanhã já está no papo.
SAPORILDO: Ahá! Bom trabalho, Lagartícia! Bom trabalho! Morcegulóide, cadê a rede?
MORCEGULÓIDE: Ih, esqueci lá fora, pois estava dormindo dentro dela.
SAPORILDO: Pois vá buscar agora, antes que eles se soltem e fujam!
Morcegulóide sai de cena.
LAGARTÍCIA: Ô Morcego debiloide! Quase estraga tudo.
Morcegulóide entra em cena.
MORCEGULÓIDE: Olha a rede aqui, Saporildo. Ela está um pouco amarrotada mas...
SAPORILDO: Me dá isso aqui! (pigarreia) Bom, e agora, eu vou capturar esses apetitosos insetos.
RITINHA JOANINHA: (amedrontada)Ai, Baratowsky. O que será que vai ser de nós?
BARATOWSKY: (amedrontado) Calma, Ritinha Joaninha. O medo só traz desespero!
RITINHA JOANINHA: Você também está com medo, Baratowsky.
BARATOWSKY: Ah, você também percebeu, é?
SAPORILDO: Silêncio vocês dois, para que eu possa capturá-los com a minha infalível rede e...
Saporildo ia colocando a rede nos insetos quando seu tique nervoso fez com que ele saísse pulando para fora de cena.
SAPORILDO: Rab, rab, rab, rab, rab, rab, rab, rab, rab...
Saporildo sai de cena.
LAGARTÍCIA: Ai, e agora? O nosso líder teve um colapso e foi embora. E ainda levou a rede.
MORCEGULÓIDE: Quem manda ficar engolindo mosca.
BARATOWSKY: Alguém aí precisa de uma ideia?
Lagartícia e MORCEGULÓIDE: Não!
BARATOWSKY: Tá bem, não está mais aqui quem falou.
RITINHA JOANINHA: Fica quieto, Baratowsky. Quer que eles nos comam aqui mesmo?
LAGARTÍCIA: Ei, eu tive uma ideia Morcegulóide. Você não veio aqui só para morcegar. Então, estique essas asas bestalóides para carregar os insetos daqui.
MORCEGULÓIDE: Ah, agora você precisa de mim, né?
LAGARTÍCIA: Vamos logo com isso, Morcegulóide. Não temos muito tempo.
MORCEGULÓIDE: Ai, era só o que me faltava. Usar as minhas asas para fazer frete de refém.
Morcegulóide abraça Ritinha Joaninha e BARATOWSKY: ainda presos – e os leva para fora de cena, saindo junto com Lagartícia.
Louva-a-Deus, Formiguto e Formigalegre entram em cena.
LOUVA-A-DEUS: E foi isso que aconteceu, meus formigamigos.
FORMIGALEGRE: Meu Deus! Que coisa horrível.
FORMIGUTO: É, mas uma coisa foi boa. Nós não vamos ter adversários no concurso de dança e vamos ganhar!
FORMIGALEGRE: Larga de ser besta, Formiguto. Nem parece que você aprendeu a lição na disputa de queimado. Além disso, para gente poder ficar feliz quando ganhar, o outro time tem que participar.
LOUVA-A-DEUS: Olha só. Eu tenho uma ideia
FORMIGALEGRE: Então diz logo, Louva-a-Deus.
LOUVA-A-DEUS: Eu fiquei sabendo que vocês dois dançam demais e estão também com uma enorme vontade de dançar logo.
FORMIGUTO: Isso é verdade. Dançar é comigo mesmo. Olha só!
FORMIGALEGRE: Deixa de ser exibido, Formiguto!
LOUVA-A-DEUS: Então. Eu também fiquei sabendo que o Saporildo usa o talento da Lagartícia e do Morcegulóide para ganhar certos desafios usando os dois que também dançam muito.
FORMIGALEGRE: É, eu ouvi dizer que a Lagarticía arrebenta quando toca aquela música: “encosta na parede”!
LOUVA-A-DEUS: E o Morcegulóide também dança muito. Só que tem um porém. Nós não podemos usar essas mesmas formas de dançar apelativas, como danças que rebolam, danças que se agarram, como eles utilizam. Vamos sim ganhar o desafio, mas com muita criatividade. Vocês topam?
FORMIGUTO: Claro, Louva-a-Deus. Pode contar com a gente.
FORMIGALEGRE: E eu até voltei a sorrir. Háháháháhá! Háháháháhá!
Louva-a-Deus, Formiguto e Formigalegre saem de cena. Lagartícia, Saporildo e MORCEGULÓIDE: conduzindo Ritinha Joaninha e BARATOWSKY: entram em cena pelo outro lado. No decorrer da cena, Baratowsky e Ritinha Joaninha vão ficar amarrados e amordaçados no canto do palco.
MORCEGULÓIDE: (ofegante) Esperem aí. Estou cansado. Eu não sabia que esse Jardim Terrinha era tão grande...
SAPORILDO: Ai, Morcegulóide. Só falta um pouquinho para chegarmos na Convenção dos Devoradores de Insetos.
MORCEGULÓIDE: Não dá, Saporildo. Se quiser que eu carregue os dois insetos, vai ter que esperar. E olha que eles dois são os insetos bem gordinhos.
LAGARTÍCIA: Ai, se eu soubesse não teria rasgado a rede para amarrar as patinhas deles e para amordaçá-los. Ô insetos tagarelas!
SAPORILDO: É, não tem outro jeito. Vamos ficar aqui apreciando essa bela paisagem do Jardim Terrinha.
LAGARTÍCIA: É. Que flores bonitas... Gostaria de levar algumas para mim...
Louva-a-Deus, Formiguto e Formigalegre entram em cena e ficam quietos no cantinho.
MORCEGULÓIDE: (cutucando Saporildo) Saporildo! Saporildo! Olha ali no cantinho...
Saporildo e LAGARTÍCIA: É o Louva-a-Deus.
MORCEGULÓIDE: É. E as formigas! E sabe o que isso significa, Lagartícia?
Lagartícia e MORCEGULÓIDE: Mais insetos para devorar!
Lagartícia e Morcegulóide rodeiam Formiguto, Louva-a-Deus e Formigalegre.
LAGARTÍCIA: Eu vou devorar essa formiguinha aqui.
FORMIGALEGRE: Sai para lá, sua grudenta.
MORCEGULÓIDE: É, dizem que formiga é bom pros olhos, e eu sou meio cego mesmo...
FORMIGUTO: Sai pra lá, rapaz. Eu sou é macho!
LOUVA-A-DEUS: Fiquem tranquilo Não vai nos acontecer nada, não é Saporildo.
SAPORILDO: (desanimado) Ele tem razão. Saiam daí.
MORCEGULÓIDE: Ué, não entendi, Saporildo?
LAGARTÍCIA: Não vamos fazer nem ao menos um lanchinho.
SAPORILDO: Nada de comer formigas. Não gosto de me meter com elas. Essa classe é muito unida, e quanto mais unida é a classe, mais forte ela fica.
MORCEGULÓIDE: E quanto ao verde ali?
SAPORILDO: Que verde?
LAGARTÍCIA: O Louva-a-Deus, Saporildo.
SAPORILDO: Esqueçam. Esse negócio de comer inseto crente dá um azar danado.
Morcegulóide e Lagartícia fazem o sinal da cruz.
LOUVA-A-DEUS: Eu nunca pensei que um dia uma superstição boba ia me ajudar. Bom, vamos ao que interessa. Saporildo, meu querido.
SAPORILDO: Diga lá, Louva-a-Deus.
LOUVA-A-DEUS: Vocês então estão querendo levar os nossos amiguinhos para serem devorados na convenção dos Devoradores de Insetos.
SAPORILDO: Estamos querendo não. Nós vamos levar!
LOUVA-A-DEUS: Mas eu gostaria de propor um desafio. Sabemos que o Morcegulóide a Lagartícia são excelentes dançarinos. Pois eu proponho que essa dupla de cá enfrente a dupla daí num concurso de dança aqui e agora.
MORCEGULÓIDE: Você ouviu isso, Lagartícia. Eles estão pensando que podem nos ganhar no concurso de dança.
LAGARTÍCIA: Com essa eu vou fazer xixi nos olhos das pessoas de tanto rir.
MORCEGULÓIDE: Vamos dar o nosso grito de guerra: “Eu arrastei a asa pro meu amorzinho...”
LAGARTÍCIA: “... para dançar grudadinho, grudadinho”.
MORCEGULÓIDE: “Eu arrastei a asa pro meu amorzinho...”
LAGARTÍCIA: “... para dançar grudadinho, grudadinho”.
FORMIGALEGRE: Silêêêêêêêêêêêncio! Deixa o Louva-a-Deus falar!
FORMIGUTO: Poxa, Formigalegre. Você aprendeu direitinho.
FORMIGALEGRE: Prossiga, Louva-a-Deus.
LOUVA-A-DEUS: Obrigado, Formigalegre. Saporildo, vamos fazer assim: se nós ganharmos, vocês libertam os nossos amigos Baratowsky e Ritinha Joaninha. Se nós perdemos, além dos insetos, você poderão levar todas as Flores aqui do Jardim Terrinha para decorar a Convenção dos Devoradores de Insetos.
LAGARTÍCIA: Uau! Vamos poder levar essas beldades para o nosso quartel general.
MORCEGULÓIDE: A nossa reputação com os líderes da Convenção dos Devoradores de Insetos vai voar lá para cima!
SAPORILDO: Você tem certeza disso, Louva-a-Deus?
FORMIGALEGRE: É, Louva-a-Deus. Você não acha arriscado?
FORMIGUTO: Nós sabemos dançar, mas para enfrentar essa dupla, deveríamos nos preparar mais.
LOUVA-A-DEUS: Fiquem tranquilos Claro que tenho certeza, Saporildo. E lembre-se. Se a dupla de cá vencer, nós levamos os nossos amiguinhos de volta. Se a dupla daí vencer, vocês levam as flores.
SAPORILDO: Então está bem. E quem vai ser o juiz desse concurso.
LOUVA-A-DEUS: Ora, os nossos amiguinhos que estão nos assistindo.
SAPORILDO: Sabe, Louva-a-Deus. Estou admirado contigo. Aposta é contigo mesmo, né?
LOUVA-A-DEUS: (suspira) Ai, mais um para me acusar. Saporildo, esportes e brincadeiras valendo prêmio não são apostas.
SAPORILDO: Acho que você está no lugar errado. Você deveria trabalhar na Televisão. Bom, onde está minha dupla.
LAGARTÍCIA: Estamos aqui ensaiando para arrasar essa dupla aí.
MORCEGULÓIDE: É eles vão ver o que é bom para os olhos.
LOUVA-A-DEUS: E qual vai ser a primeira dupla a se apresentar?
Morcegulóide e LAGARTÍCIA: A nossa!
LOUVA-A-DEUS: Bom, amém.
MORCEGULÓIDE: Vai DJ, solta o pancadão!
Morcegulóide e Lagartícia dançam, aludindo danças sensuais, mas com cuidado para não escandalizar. Formiguto e Formigalegre
LOUVA-A-DEUS: Uma salva de palmas para Morcegulóide e Lagartícia!
SAPORILDO: Esses são os meus pupilos!
Morcegulóides – Arrazamos, Lagartícia. Bate aqui.
LAGARTÍCIA: Eles não vão dar nem pro cheiro!
SAPORILDO: Bom, Louva-a-Deus. E o que essa dupla daí vai fazer, a não ser desistir para não pagar um mico na frente das crianças?
LOUVA-A-DEUS: (olhando para Formiguto e Formigalegre) E aí? Vocês estão preparados?
FORMIGALEGRE: (sorrindo sem graça) É, não tem outro jeito. Vem Formiguto.
FORMIGUTO: (sussurrando) Vou me exibir bastante.
FORMIGALEGRE: O quê, Formiguto?!
FORMIGUTO: É isso aí, eu vou me exibir bastante. Só assim que nós vamos conseguir vencer eles dois.
FORMIGALEGRE: Não faça isso, Formiguto. Você sabe que é errado. E você já se deu mal fazendo isso.
FORMIGUTO: Olha, o Louva-a-Deus só nos falou para não dançarmos agarradinho e para não rebolarmos. Quanto a se exibir, ele não falou nada!
FORMIGALEGRE: Formiguto, pense bem...
FORMIGUTO: Não temos muito tempo para pensar. Vamos lá. Solta DJ.
Formiguto e Formigalegre fazem um passo de dança bem criativo mas, no meio da performance, Formiguto começa a se exibir e, de repente, cai e se machuca.
FORMIGUTO: Aaaaaaaiiiiiiiiii!
Saporildo, Lagartícia e Morcegulóide caem na gargalhada.
LAGARTÍCIA: Bem feito! Bem feito! Bem feito!
MORCEGULÓIDE: Esse cara parece mais cego do que eu!
SAPORILDO: Ah, ah, ah. Bom, meu caro Louva-a-Deus. De acordo com o regulamento a partir do estatuto estatutário da ata que está lavrada e registrada não sei onde, o nosso caro dançarino se machucou, logo, está fora do concurso. Então, os meus pupilos são os vencedores.
LAGARTÍCIA: Ah, ah, ah. Já estou até vendo o nosso grupo ser condecorado lá na convenção.
MORCEGULÓIDE: Claro, Lagartícia. Além de insetos apetitosos para o banquete, vamos enfeitar o ambiente com uma decoração inesquecível.
Formiguto e FORMIGALEGRE: E agora, Louva-a-Deus?
LOUVA-A-DEUS: Calma. Nem tudo está perdido. Descansem no Senhor.
SAPORILDO: Ah, ah, ah. Não consigo parar de rir. Ah, ah, ah...
De repente, Saporildo começa a ter tiques nervosos.
SAPORILDO: Rab...Rab...Rab... Rab, rab, rab, raba, rab, rab, rab, rab, rab, rab...
Saporildo começa a pula, e Fomigalegre o segura. Surpreendentemente, Saporildo dança com Formigalegre, pulando e fazendo “rab”, permitindo que a “dupla de cá” tenha um desempenho excelente.
LOUVA-A-DEUS: E agora uma salva de palmas para a DUPLA DE CÁ. E a DUPLA DE CÁ é a vencedora!!!
As crianças aplaudem.
MORCEGULÓIDE: Saporildo, você virou casaca.
SAPORILDO: Perdoe-me, Morcegulóide. Esse tique nervoso me deixa incontrolável.
LOUVA-A-DEUS: Formiguto! Formigalegre! O que vocês estão esperando. Vamos soltar os nossos amiguinhos, pois eles estão livres, pois o preço da liberdade já foi pago.
FORMIGALEGRE e FORMIGUTO: Êêêêêêêêêêêêêêêê!
Ritinha Joaninha, Baratowsky, Formigalegre e FORMIGUTO: Jardim Terrinha e as formiguinhas!!! Jardim Terrinha e as formiguinhas!!!
LAGARTÍCIA: (desanimada) É, por um instante, ganhamos tudo e perdemos tudo.
BARATOWSKY: Claro. Vocês ficam seguindo o conselho desse sapão aí que só sabe fazer e comer um monte de besteiras. Nós nos damos bem porque seguimos o conselho do Louva-a-Deus.
RITINHA JOANINHA: Louva-a-Deus. Você me perdoa?
FORMIGUTO: É, Louva-a-Deus. Você nos perdoa?
LOUVA-A-DEUS: Ora, meus amiguinhos. E para Deus que vocês têm que pedir perdão. Mas fiquem tranquilos Ele existe é para nos perdoar. E Ele, de lá de cima, viu que tanto você, Ritinha Joaninha, como você, Formiguto, queriam fazer algo de bom. Mas muito cuidado. As aparências enganam, e de boa intenção o inferno está cheio,e temos que escutar apenas os conselhos de quem quer o nosso bem e...
Saporildo, Lagartícia e Morcegulóide vão se retirando, entristecidos, do Jardim Terrinha.
BARATOWSKY: É... mais um grupo que sai entristecido aqui do Jardim Terrinha.
SAPORILDO: Tchau, gente. Gente não... insetos. Foi muito bom conhecer vocês.
LAGARTÍCIA: Vamos chegar de mãos vazias na convenção.
MORCEGULÓIDE: É... Temos que dar asas à nossa imaginação para saber o que nós podemos fazer.
FORMIGALEGRE: É isso! Eu tive uma ideia Porque vocês não levam algumas asinhas de insetos que ficam espalhadas por aí para não chegarem de mãos vazias.
SAPORILDO: Já olhamos por aí, quando acabou o concurso, mas não achamos nem uma asinha.
LAGARTÍCIA: Vocês deixam tudo muito limpinho.
MORCEGULÓIDE: É verdade. Meus parabéns.
LOUVA-A-DEUS: Esperem!
Num gesto repleto de muito suspense, Louva-a-Deus tira a sua própria asa e dá para os Devoradores de Insetos.
FORMIGUTO: Louva-a-Deus, você tirou a sua própria asinha para dar para eles.
Baratowsy – Ah, a minha asa eu não vou tirar não.
Ritinha Joaninha cutuca Baratowsky.
LOUVA-A-DEUS: Toma, Saporildo. Daqui dá para fazer muita empadinha de asa.
SAPORILDO: Louva-a-Deus...
LOUVA-A-DEUS: E não vá ficar com medo de comer asinha de inseto crente, porque isso é superstição.
LAGARTÍCIA: Mas você vai ficar sem asinhas?
LOUVA-A-DEUS: Depois nascem outras. E se não nascer, foi por uma boa causa, pois pessoas como vocês precisam da nossa bondade.
RITINHA JOANINHA: Mas isso não foi uma bondade. Foi um sacrifício!
LOUVA-A-DEUS: Pois é, Ritinha Joaninha. Sacrifício como o de Jesus, que morreu na cruz para nos salvar. Jesus Cristo, o filho de Deus.
BARATOWSKY: É. E esse gesto seu pareceu com o gesto do próprio Deus, que entregou o seu próprio filho Jesus, que era muito precioso para o Deus Pai.
FORMIGAMIGA: E entregou para salvar os pecadores, assim como você está fazendo.
LOUVA-A-DEUS: Isso mesmo. Mas olha só, nada de fazer sacrifícios com esse, hein. Esse sacrifício aqui só teve o valor verdadeiro por ter sido feito de forma perfeita uma só vez.
LAGARTÍCIA: Mas o que a gente tem que fazer?
LOUVA-A-DEUS: Obedecer. E crer em Jesus como único e suficiente Salvador. Hmmmmm. Sabe quem eu estou com vontade de chamar aqui?
Baratowsky, Formiguto, Formigalegre e RITINHA JOANINHA: A Esperança.
LOUVA-A-DEUS: (risos) A esperança já está em nós, já que cremos em Jesus. Mas quem eu vou chamar aqui para cantar uma música conosco é o nosso amigo... Fanho Gafanhoto!!!!!
Fanho Gafanhoto entra em cena para cantar “Pula para louvar a Jesus” junto com todos os personagens.

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