terça-feira, 2 de agosto de 2011

A TURMA do LOUVA-A-DEUS

A Turma do Louva-a-Deus  - Teatro Cristão

História infantil que se passa num Jardim, insetos conversam entre si e com as crianças. História rica e divertida cheia de conceitos bíblicos, de relacionamentos, respeito,  natureza e louvor a Deus

Local Jardim Terrinha

Personagens:
Ritinha Joaninha
Baratowsky
Fanho Gafanhoto
Besourico
Formiguto
Formiguenta
Formigalegre
Formigamiga –
Louva-a-Deus
Esperança
Cena 1
Sumiço no Jardim Terrinha
Ritinha Joaninha entra em cena, cantando e tocando um violão invisível.
Ritinha Joaninha – Vou voando e conhecendo todo o jardim Terrinha. Vou voando e vivendo, pois eu sou a Ritinha Joaninha. Olá, criançada! Vocês sabem qual é o meu nome! Olha só, eu vou dar uma chance para vocês adivinharem! Eu sou bem pequenininha, vermelhinha e tenho um monte de pintinhas! É, um monte de pintinhas pretas aqui nas costas! Qual é o meu nome? (as crianças supostamente falarão Joaninha). Olha, vocês adivinharam o meu sobrenome. Mas o meu nome é Ritinha Joaninha! E esse lugar tão lindo e tão belo que vocês estão vendo é onde eu moro. É o Jardim Terrinha. Vocês conhecem o jardim Terrinha? Não? Mas hoje vocês vão conhecer. Ele é um bom lugar para se morar. E é um mundo onde todo mundo é bem pequenininho assim como vocês. Mas não tem problema não! Deus não cuida só dos grandões! Ele cuida também dos pequeninos. Olha só, eu tenho um monte de amiguinhos aqui no Jardim Terrinha. Aos poucos, vocês vão conhecendo um por um! E eles são bem legais!
Baratowsky entra em cena, procurando por algo, como se estivesse andando sobre as paredes.
Ritinha Joaninha – (incomodada com a presença de Baratowsky) Ih...Eu quis dizer “nem todos são legais”. Esse aí que está chegando, com aquelas patinhas dele sujas na parede, é um cara que só anda nos esgotos e é bem sujinho! Ele é um inseto, mas é bem porquinho.
Baratowsky – (gritando) Você está me chamando de porquinho de novo, Ritinha Joaninha?
Ritinha Joaninha – Não, eu não quis dizer porquinho. Eu quis dizer um pouquinho sujo. Você podia tomar um banho, hein, Baratowsky?
Baratowsky – E você já viu algum inseto tomar banho, Ritinha Joaninha? Além disso, olha só o meu nome. Ba-ra-towsky. Baratowsky, eu sou descendente de russo, e lá na Rússia, um país bem longe daqui, é muuuuuuuuuuuuuuuuito frio. E as pessoas não tomam banho toda hora.
Ritinha Joaninha – Isso não é verdade! Eu tenho uma prima lá da França que o nome dela é Joaninha D´Arc. Lá na França também é muuuuuuuuuuuito frio, e as pessoas tomam banho, assim como tomam banho na Rússia também. Além disso, eu acho que você que você diz que é russo só para...
Ritinha Joaninha repara que Baratowsky procura por algo.
Ritinha Joaninha – O que você está procurando, Baratowsky?
Baratowsky – Não lhe interessa!
Ritinha Joaninha – Se não interessasse eu não estaria perguntando!
Baratowsky – Intrometida que tu é!
Joaninha – Tapa na cara que tu quer!
Baratówsky – Vem dar se tu é mulher!
Joaninha – Eu...Eu não sou uma mulher! Eu sou uma joaninha! E uma joaninha bem curiosa! Vai, Baratówsky! Diz o que você está procurando!
Baratówsky – Está bem, Joaninha... Eu falo para você. Estou procurando uma máscara.
Joaninha – Máscara! Ô Baratówsky! Você vai pular carnaval, é? Fique sabendo que Deus não gosta de carnaval não. E lá na avenida, na hora do desfile, os homens grandões pulam tanto que pisam em todas as baratas. Assim, ó...
(Joaninha fica pulando)
Baratowsky – Pára com isso, Joaninha! Está parecendo até o Fanho Gafanhoto.
Ritinha Joaninha – Então me diz que máscara é essa!
Baratowsky – É uma máscara para me proteger quando eu for naquela casa que eu sempre visito. Os donos da casa compraram um inseticida novo, mas eu não desisto de ir lá! Por isso, comprei uma máscara protetora contra gás para entrar naquela casa e continuar minhas visitas noturnas. Protegido com a máscara, o inseticida que eles me lançam não fará efeito.
Ritinha Joaninha – Isso mesmo, Baratowsky, você tem que se proteger! Mas...Baratowsky, porque você quer ir lá naquela casa mesmo, hein?
Baratowsky – Ora, Joaninha, você sabe! Eu quero devorar tudo que eu conseguir de migalhas de comida naquela casa. Nem que eu tenha que desviar de todas as chineladas (faz um movimento de esquiva) e entrar de máscara protetora! Aiiii, cadê minha máscara.
Ritinha Joaninha – Olha aqui, Baratowsky, eu acho que Deus também não gosta disso não. Você vai entrar na casa dos outros para comer a comida deles e para provocá-los. Fique sabendo de uma coisa: roubar e provocar os outros é muito errado.
Baratowsky – Eles é que são egoístas! Eles têm tanta comida e não podem me dar um pouquinho! (às crianças) Não é errado ser egoísta, amiguinhos?
Crianças respondem.
Ritinha Joaninha – Mesmo assim, Baratowsky! Isso não justifica! Roubar é sempre errado!
Baratowsky – Ah, fica quieta e deixa eu procurar a minha máscara em paz!
Ritinha Joaninha – Você que sabe!
Fanho Gafanhoto entra em cena.
Fanho Gafanhoto – Eu ôu o fanho afanhoto! Eu ôu o fanho afanhoto! Eu ôu muito maroto! Eu ôu um om aroto! Eu ôu fanho afanhoto! (às crianças). Oi, ianças! Udo em! Uito azer! Eu im ai pra alar om oês e eu osto uito de oês!
Ritinha Joaninha – Fanho Gafanhoto! Não está vendo que as crianças não entendem nada o que você está dizendo!
Fanho Gafanhoto – Ah, eu ão tenho ulpa e as ianças ão entendem!
Ritinha Joaninha – Crianças, vocês querem entender o que ele está dizendo?
Crianças respondem que não estão entendendo.
Ritinha Joaninha – Então vamos chamar uma pessoa para interpretar o que ele está falando, pois se não tiver uma pessoa que possa falar para vocês o que significa essa língua que o Fanho Gafanhoto está falando, não vai adiantar de nada! Vamos chamar o nosso amiguinho que interpreta o que o Fanho Gafanhoto está falando?
Crianças respondem.
Ritinha Joaninha – E o nome desse inseto...
Fanho Gafanhoto – ...é iouico!
Ritinha Joaninha – Deixa que eu falo, Fanho Gafanhoto! O nome dele é Besourico! Vamos chamá-lo bem alto!
Crianças respondem.
Ritinha Joaninha – Então vamos! Besourico! Besourico! Besourico!
Apagam-se as luzes. Besourico entra em cena, cheio de pompa e cantando a música do Rock Balboa, besourando.
Besourico – Bz! Bz! Bz! Bz! Bz! E aí, criançadas! Tudo bem! Meu nome é Bzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzooooourico! Eu não sou inseto comum! Eu sou um inseto Coleóptero! Sim, um coleóptero! Uma classe superior de insetos! O quê! Vocês não sabem falar essa palavra? È fácil! Quer ver como é? Diz aí, amiguinho, aqui no meu ouvido (vai até uma criança). Não, helicóptero não! Coleóptero! Co-le-óp-te-ro. Um inseto superior! Eu tenho muitos dons. O de voar... e o de besourar.
Joaninha, Baratowsky e Fanho Gafanhoto observam a apresentação exibida de Besourico insatisfeitos.
Ritinha Joaninha – Acabou a besourada, Besourico.
Besourico – Ora, Joaninha. Estou apenas me apresentando para os meus antenados amiguinhos. Pois diga lá! O que você quer de mim mais uma vez?
Ritinha Joaninha – Que você faça alguma coisa de útil, além de ficar se exibindo.
Besourico – Então me fale, Chatinha Joaninha!
Ritinha Joaninha – (com raiva) Meu nome é Ritinha! Ritinha Joaninha!
Besourico – Desculpe, mas acho que estou com cera nas minhas anteninhas.
Baratowsky – Hã, depois o sujinho sou eu.
Ritinha Joaninha – É, estou vendo que os dois é que têm que tomar um banho. Olha só, Besourico. O Fanho Gafanhoto está querendo dizer uma coisa para a gente, só que a gente não entende! Você poderia interpretar ou não?
Besourico – Claro que interpreto. Diz aí, meu saltitante amigo. Bota para fora o que tanto lhe incomoda!
Fanho Gafanhoto – Olha ó! Eu ão onsiu enconá o eu ula ula!
Besourico – Bom, é simples. Ele disse que está cansando desse Jardim Terrinha e quer viajar para o Havaí para dançar o ula-ula.
Fanho Gafanhoto – Ão, eu ão isse isso! Eu isse que ão onsiu enconá o eu ula ula!
Besourico – Ah, é mesmo! Ele que está com tanta fome que não quer cair no pecado da gula gula! E falou gula gula para mostrar que ele está com muita, muita fome!
Baratowsky – Quer deixar de enganar os outros, ô Besourico! Isso é muito feio. Deus não gosta de quem engana os outros não! Todo mundo está vendo que o Fanho Gafanhoto não está pulando como de costume! Ele está assim porque não consegue encontrar o pula-pula dele, entendeu!
Besourico começa a chorar.
Besourico – Bzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz!
Ritinha Joaninha – O que foi agora, Besourico?
Besourico – Bzzzzzzzzzzzz! Eu... Eu… Eu perdi uma coisa que me ajuda na interpretação das línguas!
Ritinha Joaninha – Ai...Mais um que perdeu alguma coisa!
Besourico – Eu perdi meu livro que traduz todos os barulhinhos que os insetos fazem.
Ritinha Joaninha – Quer dizer que você só sabia traduzir porque você tinha um livro que te ajudava?
Besourico – Bzzzzz...Sim! E agora, eu perdi meu livro!
Baratowsky – (enraivecido) Isso está muito estranho... Muito estranho mesmo!
Ritinha Joaninha – Calma, gente! Raiva não vai resolver nada!
Baratowsky – Você só diz isso porque não foi com você.
Ritinha Joaninha – Não foi mesmo! E eu vou continuar tocando o meu violão e cantando, pois não sou desesperada como vocês, tá bem?! Vou voando e conhecendo...
Ritinha Joaninha percebe que não tem nenhum violão na mão, pois gesticulava estar tocando sem perceber a ausência do instrumento.
Ritinha Joaninha – Meu Deus! Cadê meu violão.
Baratowsky e Besourico – Não se desespere, Joaninha, pois a raiva não resolve nada.
Fanho Gafanhoto – É, ão e eespere, oainha, ois a aia ão eolve naa!
Ritinha Joaninha – Meu violão! Eu não sou nada sem meu violão! Buáááááá!
Baratósky – Estão vendo! Dizemos para todo mundo que somos os insetos mais antenados aqui do Jardim Terrinha e não vigiamos quando tínhamos que vigiar.
Besourico – E agora, roubaram as coisas que a gente tanto precisa para viver.
Fanho Gafanhoto – O ê amos aêr?
Baratowsky – O que nós vamos fazer, Fanho Gafanhoto? Ora, nós vamos tentar descobrir qual foi o inseto que fez isso com a gente e vamos dar umas boas mordidas nele!
Besourico – Você está parecendo uma barata cascuda, Baratówsky!
Baratowsky – Melhor do que ser uma (voz de deboche) baratinha francesa! Sou cascudo mesmo, e vou me vingar!
Ritinha Joaninha – (enxugando as lágrimas) Snif...Calma, Baratowsky! Vamos resolver isso com muita calma! Como eu disse, e torno a dizer, raiva não resolve (chora) naaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaada....
Joaninha volta a chorar de novo e abraça Fanho Gafanhoto.
Fanho Gafanhoto – Alma, Oaninha! Alma!
Baratowsky – É, mas não precisa ficar abraçando a Ritinha Joaninha tanto assim.
Besourico – Ih! Olha só, Fanho Gafanhoto. O Baratowsky gosta da Ritinha Joaninhá! P Baratowsky gosta da Ritinha Joaninha!
Fanho Gafanhoto – É, o aatoiqui osta a itinha oaninhá!
Baratowsky gesticula para que Fanho Gafanhoto e Besourico fiquem em silêncio.
Ritinha Joaninha – Chega! Eu já sei quem pode nos ajudar! Ele é nosso amiguinho, apesar de vocês, que fazem um monte coisa errada, não gostarem dele!
Ritinha Joaninha assobia. Louva-a-Deus entra em cena, cantando e animando as crianças, trazendo doces e guloseimas.
Louva-a-Deus – Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, louvai a Deus! Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, louvai a Deus! Louvai a Deus! Aleluia! Louvai a Deus! Aleluia! Louvai a Deus! Aleluia! Looooooooooooouvai a Deeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeus!
Ritinha Joaninha – É o Louva-a-Deus!
Fanho Gafanhoto – É o oua a eus!
Baratówsky e Besourico – O chato do Louva-a-Deus.
Ritinha Joaninha – Não fale assim do nosso amiguinho! Vocês só tratam ele assim porque só sabem fazer coisas erradas.
Louva-a-Deus – Não ligue para eles, Ritinha Joaninha. É assim mesmo. Nem todos vão ser seus amiguinhos se você só gosta de fazer o bem. Mas é melhor viver assim, fazendo o bem para não se dar mal na vida. Um dia eles dois ainda vão ser meus amigos.
Baratówisk – Para mim você não passa de um conquistador barato que quer conquistar a Ritinha Joaninha.
Besourico – ...e de um cara que só sabe ficar besourando o que está acontecendo aqui no jardim Terrinha.
Louva-a-Deus – Vigiar e orar não é besourar. É estar atento ao que pode nos acontecer. Só assim, não somos pegos de surpresa.
Ritinha Joaninha – Como assim “pegos de surpresa”? Você já sabe o que nos aconteceu?
Louva-a-Deus – Claro, Ritinha Joaninha. Vamos ficar escondidinhos aqui no meio dos nossos amiguinhos para que vocês vejam de fato o que aconteceu.
Baratowsky – Eu não vou com ele! Sei lá para onde ele quer me levar!
Louva-a-Deus – Ah é! Então você não vai saber o que aconteceu, pois quem fez a travessura com vocês está muito perto, ou melhor, estão muito perto. Venha, Baratowsky! Aceite um conselho de um amigo pelo menos uma vez. Você não vai se arrepender.
Baratowsky – Ai...Tá bom. Mas só dessa vez, hein?!
Besourico – Eu só quero saber do meu livro de interpretação de línguas.
Fanho Gafanhoto – E eu ero meu ula-ula.
Louva-a-Deus, Ritinha Joaninha, Baratowsky, Fanho Gafanhoto e Besourico se escondem junto com as crianças.
Cena 2
Formigas
Formigalegre, Formiguenta, Formiguto e Formigamiga entram em cena, cantarolando e ostentando os ‘objetos abandonados” no meio do Jardim Terrinha (o pula-pula, o livro, o violão e a máscara).
Formigas – Somos formigas! Somos formigas!
Sempre trabalhando e sempre amigas!
Somos formigas! Somos formigas!
Nunca deixamos de encher nossas barrigas!
Formiguto – Eu não falei que aqueles insetos do Jardim Terrinha, além de uns preguiçosos, são uns relaxados. Largaram todos os seus objetos no meio do jardim.
Formigalegre – (gargalhando) É mesmo, Formiguto! Há, há, há, há! É mesmo! Deram mole pra a gente e agente páááááá! Há, há, há!
Formigamiga – É mesmo, Formigalegre! E agora nós podemos tapar aqueles buracos no nosso formigueiro! Agora, em dia de chuva, deu para entrar água no nosso formigueiro. Nunca aconteceu isso! Mas agora, com esses objetos, nós podemos tapar todos os buracos provocados pela chuva! Depois, nós devolveremos para eles!
Formiguenta – Não tenha tanta certeza assim, Formigamiga!
Formigamiga – Mas Formiguenta, você prometeu que iria devolver tudo depois que passasse o inverno!
Formiguenta – Eu não sei se vou precisar de uma máscara para me proteger, ou de um violão par montar uma banda.
Formiguto – E eu também gostei muito desse livro. Olha só o título: “Interpretando as línguas estranhas”. Muito legal!
Formigalegre – E eu adorei esse pula-pula!
Todos riem, mas Formigalegre não pára de rir, sendo interpelado por Formiguenta.
Formiguenta – Já chega, Formigalegre!
Formigalegre – Há...Desculpe!
Formiguenta – Está bem! (maquiavélica) Aqueles insetos metidos vão ver uma coisa! Sempre falaram mal de nós, só porque são maiores do que a gente! E agora eles se deram mal, porque nós achamos esses objetos deles, e achado não é roubado.
Formigalegre – Achado não é roubado! Achado não é roubado!
Formiguto – Fica quieta, Formigalegre! Deixa a Formiguenta falar!
Formiguenta – Obrigado, Formiguto! E esses insetos gigantes vão ver uma coisa! Para eles terem de novo os objetos deles, vão ter que pagar caro! Muito caro! Háháhá! Formigalegre! Pode rir agora!
Formiguenta – Obrigado, Formiguenta! Não estava mais agüentando! Uhhháháháhháháháháháháháhá!
As formigas saem de cena, com os objetos nas mãos! Louva-a-Deus, Ritinha Joaninha, Baratowsky, Fanho Gafanhoto e Besourico voltam ao palco.
Ritinha Joaninha – Foram as formigas que pegaram! E agora?
Baratowsky – Chora na mão e bota fora!
Besourico – O que isso, Baratowsky?
Baratowsky – Claro, Besourico. Não tem mais nada a fazer do que chorar. As formigas são muito espertas, trabalhadoras e unidas. O que nós, um monte de insetos que só ficam brigando uns com os outros, vamos conseguir? O formigueiro delas é muito resistente. Não sei nem como é que a água da chuva está entrando nele.
Fanho Gafanhoto – Eu ive uma iéia! Por ê e aente não ea e aa a ilo e oo undu az e ota as oisa a far ailo ouo?
Ritinha Joaninha– Olha só, Fanho Gafanhoto! Se a idéia do Louva-a-Deus não der certo, a gente usa a sua, tá?
Baratowsky – Por que é que tem que ser a idéia do Louva-a-Deus?
Ritinha Joaninha – Porque ele foi o único inseto aqui do Jardim Terrinha que vigiou! Ele tem o direito! Além disso, vocês entenderam o que o Fanho Gafanhoto falou?
Baratowsky – É... Por enquanto, não.
Ritinha Joaninha – E vocês entenderam, crianças?
As Crianças respondem que não
Ritinha Joaninha – Então vamos ouvir o Louva-a-Deus falar o plano dele.
As crianças respondem.
Louva-a-Deus – Bom, o plano é o seguinte. Hoje é o dia dos jogos esportivos do Jardim Terrinha! Por que nós não damos para o vencedor os objetos perdidos como prêmio, ao invés de ser aquele troféu amarelo que mais parece uma caneca gigante que até hoje eu não sei para o que serve.
Ritinha Joaninha – Legal!
Fanho Gafanhoto – eal!
Baratowsky – É, parece uma idéia legal.
Besourico – Eu não acho! E acho essa idéia muito bis(zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz)onha!
Louva-a-Deus – Por que, Besourico?
Besourico – Isso está com cara de aposta! Eu sou um inseto de classe, pois sou um coleóptero, e insetos de classe não apostam! Nananinanã!Bz, Bz, Bz, Bz, Bz!
Ritinha Joaninha – Tá legal! Então você prefere uma guerra com as formigas, né, Besourico?
Besourico – (amedrontado) Aiiiiiiiii! Guerra não!
Louva-a-Deus – Fica tranqüilo, Besourico! Esportes e brincadeiras valendo um prêmio não são apostas! Além disso, é menos violento do que uma guerra, não é, Baratowsky?
Baratowsky – Só se o Zidane não brincar.
Ritinha Joaninha – O quê?
Baratowsky – Nada, nada! E como vai ser essa brincadeira?
Louva-a-Deus – Tive outra idéia sensacional. Que tal se as crianças que estão aqui nos assistindo travassem uma sensacional disputa de queimado.
Ritinha Joaninha – Legal! Aí, nos dividiríamos em dois times. Um representando o nosso time, o do Jardim Terrinha, e o outro, representando o time do Formigueiro!
Besourico – O pastor é que não vai gostar muito disso!
Louva-a-Deus – Não, tudo bem, depois a ministra fala com ele.
As Formigas entram em cena, zombando dos insetos do Jardim Terrinha.
Formiguenta – Os insetos perderam alguma coisa?
Ritinha Joaninha – É...Perdemos sim! Mas não vamos perder de novo.
Formiguenta – Minha filha, achado não é roubado.
Formigalegre – É isso aí! Achado não é roubado! Achado não é roubado! Háháháháhá!
Formigamiga – Gente, por favor, não briguem!
Louva-a-Deus – A Formigamiga tem razão! Não devemos brigar por esse motivo nem por motivo nenhum. Vamos resolver isso da melhor maneira possível. Formiguenta, você sabe que esses objetos fazem muita falta para os insetos do Jardim Terrinha, mas sabemos também que vocês acharam esses objetos. Mas para deixar tudo certinho, para não dizerem por aí que vocês roubaram, que tal se, ao invés de o prêmio dos jogos esportivos de hoje ser aquele troféu amarelo que mais parece uma caneca gigante, a gente colocar como prêmio os objetos perdidos e achados por vocês?
Formigamiga – Aceita, Formiguenta! Eu não quero ser chamada de ladra quando tiver na rua trabalhando. Vai, por favor.
Formiguto – (ao público) Vamos amiguinhos! Vamos ajudar a convencer a Formiguenta a jogar para ganhar os objetos como prêmio! Eu gosto taaaaaaaaaaaaaaaaanto de brincadeiras! Vamos! (à Formiguenta) Aceita! Aceita! Aceita! Aceita!
Formiguenta – Está bem! Eu aceito! Mas com uma condição! Já que fomos nós os que achamos os objetos, queremos ter outra coisa como prêmio. Nós queremos que esses insetos trabalhem pelo menos durante um mês para nós. Ô bando de preguiçosos! Deus não gosta disso não, né, Louva-a-Deus!
Louva-a-Deus – Isso é verdade. (aos insetos do Jardim Terrinha) Vocês aceitam?
Os insetos fazem que sim.
Besourico – Mas vamos ganhar logo isso, porque eu não quero trabalhar...
Todos os insetos vão até as criança e as, dividem em dois grupos. Os insetos, pegam uma bola, dão para as crianças e começam a organizar um jogo de queimado. É evidente que o jogo ficará desorganizado, devido à enorme quantidade de crianças. Isso enervará a formiguenta. Ela, com um apito, põe fim ao jogo desorganizado.
Formiguenta – Chega! Isso aqui está uma bagunça! Crianças, voltem para os seus lugares, quietinhas! Senão vocês não vão ganhar mais doces. Olha só, Louva-a-Deus, essa idéia não deu muito certo não. Vamos fazer o seguinte: nós, Formigas Amigas que trabalhamos e enchemos a Barriga, contra esses insetos preguiçosos.
Sonoplastia de suspense. Os insetos do Jardim Terrinha confabulam.
Baratowski – Gente! De toda a redondeza, as formigas são as campeãs interjardinais de queimado! O que vai ser de nós?
Besourico – Ai...Adeus, livrinho!
Fanho Gafanhoto – E o eu ula ula á era!
Ritinha Joaninha – Gente, não vamos desistir agora! Vamos topar o desafio. Se a gente ganhar, apagaremos essa fama de preguiçosos e desunidos. Se perdermos, pelos menos vamos ter mais cuidado para não deixar nossas coisas espalhadas. Louva-a-Deus! Diga para essa Formiguenta aí que nós topamos.
Formiguenta – Então vamos começar a disputa.
Louva-a-Deus – E agora, meus amigos? Quem será que vai ganhar? Bom, que Deus abençoe essa brincadeira!
Insetos do Jardim Terrinha – Ritinha Joaninha comanda o Jardim Terrinha!!!!
Formigas – Formigas, amigas, trabalham para encher a barriga!
Os times se enfileiram para a disputa. Louva a Deus observa e narra o jogo.
Besourico pega rapidamente a bola.
Baratowsky – Besourico! Deixa a Joaninha arremessar! Primeiro as damas, seu inseto cavalo!
Besourico – Que damas nada! Eu me garanto! Eu vou acertar as formigas de uma só vez!
As formigas se esquivam sensacionalmente depois do arremesso de Besourico. A bola volta, após pegar na parede. Ele mesmo pega a bola.
Ritinha Joaninha – Você de novo, Besourico?
Besourico – Dessa vez eu não vou errar!
Baratowsky – Deixa ela arremessar, Besourico.
Besourico – Não, deixa comigo!
Besourico arremessa, erra. As formigas pegam a bola e queimam Besourico.
Formiguto – Para você deixar de ser egoísta.
Formigalegre – Bem feito! Bem feito! Háháháháháhá!
As formigas lançam a bola e erram. Baratowsky pega a bola.
Baratowsky – Toma, Rtinha Joaninha!
Besourico – Não! Não Baratowsky! Não dê para ela! Atire você mesmo! Você é o melhor, Baratowsky! Sempre se destacou aqui no Jardim Terrinha!
Ritinha Joaninha – Me dá a bola, Baratowsky!
Baratowsky – Não... (pausa) Espere!
Besourico – Baratowsky, se você acertar as formigas, até mesmo a Joaninha vai admirar você.
Baratowsky se envaidece e não dá a bola para Ritinha Joaninha e tenta o arremesso.
Ritinha Joaninha – Baratowsky, não está vendo que o Besourico está querendo que você seja um egoísta como ele?
Baratowsky – Perdoe-me, Ritinha Joaninha! Mas farei isso para o nosso bem! É um, é dois, é três!
Baratowsky lança a bola, que bate na parede, volta na mão de Formigamiga que o queima.
Formigamiga – (ao Baratowsky) Amigos, amigos, queimados à parte!
As formigas celebram. Já são dois queimados. Formiguto, pega a bola e arremessa, errando. Ritinha Joaninha pega a bola e consegue queimar Formiguto e Formigalegre. O jogo está empatado. Ritinha Joaninha joga a bola que bate na parede e volta nas mãos de Formiguenta. Essa fica fazendo joguinho com os queimados do outro lado.
Ritinha Joaninha e Fanho Gafanhoto (este, gritando ula ula) correm para se desviarem. Entretanto, Joaninha acaba sendo queimada, ficando somente Fanho Gafanhoto no campo do time do Jardim Terrinha.
Ritinha Joaninha – E agora! Só o Fanho Gafanhoto está no nosso campo! Está tudo perdido!
Louva-a-Deus – Ainda não! Fanho Gafanhoto! Preste atenção! Você não precisa do seu pula-pula para pular! Assim como as crianças, os jovens e os adultos que tem Jesus no coração, que não precisam de drogas para que fiquem alegres, ou para que se animem, ou para que vençam uma disputa! Vamos lá, Gafanhoto! Você pode pular sem o seu pula-pula!
Fanho Gafanhoto – Sim! Eu ósso! Eu ósso! Eu ósso!
Fanho Gafanhoto começa a pular, desviando-se de todas as boladas das formigas. No final ele pega a bola e consegue queimar a Formiguenta e a Formigamiga.
Os insetos do Jardim Terrinha comemoram.
Insetos do Jardim Terrinha – Jardim Terrinha ganhou as olimpíadas! Jardim Terrinha ganhou a olimpíadas!
Os insetos do jardim Terrinha vão saindo de cena, mas vêem as formigas cabisbaixas.
Ritinha Joaninha – Esperem! Olhem só como as formigas estão tristes.
Baratowsky – Claro, né! Eles perderam a brincadeira. Eu que estou contente, pois vou ter a minha máscara protetora contra gás de volta!
Besourico – E eu, o meu livro!
Ritinha Joaninha – Meus insetos, eu acho que isso não é justo. Elas precisam dos nossos objetos porque têm necessidade de tapar o buraco do formigueiro, enquanto a gente só vai se divertir com isso.
Baratowsky – É, confesso que não estou mais a fim de invadir a casa dos outros para comer migalhas furtadas.
Besourico – E eu já não quero mais ficar tirando onda de tradutor de insetos.
Ritinha Joaninha – Então...(pausa) é melhor deixarmos os objetos com as formigas mesmo. Eu também já estou a fim de aprender outro instrumento! Já cansei de violão. Ei, formigas! Venham cá! Vocês podem ficar com os nossos objetos para taparem o buraco do formigueiro de vocês.
Formiguenta – Puxa, que legal!
Formigalegre – Eu vou voltar a sorrir!
Formigamiga – Eu posso ser amiga de vocês e visitar mais vezes o Jardim Terrinha?
Baratowsky – Claro! A gente está precisando de mais insetinhas bonitinhas aqui no Jardim Terrinha mesmo.
Besourico dá uma cotovelada na barriga de Baratowsky.
Formiguto – E como podemos recompensar vocês por tamanha gratidão?
Ritinha Joaninha – Bom...Louva-a-Deus, como eles podem recompensar a gente! Diz aí, que eu não sei.
Louva-a-Deus – (às formigas) Vocês já nos recompensaram bastante, pois vocês ensinaram uma lição muito legal para os nossos amiguinhos. Vocês lutaram até o fim para conquistar o prêmio, e mesmo depois da derrota, vocês não desanimaram, pois foram correndo procurar folhinhas para tapar o buraco do formigueiro de vocês. As batalhas da vida são assim mesmo. Com vitórias e derrotas. Jesus Cristo, o filho de Deus, se agrada dos que não desistem. Ele disse que aqueles que perseverarem até o fim, ou seja, aqueles que não desistirem, esses sim serão salvos. E só não desiste aquele que tem muuuuuuuuuuuita esperança. E vocês nos provaram isso. Por isso que Deus, que conhece os nossos corações, fez com que os insetos do Jardim Terrinha lhes entregassem os objetos. E ele sabia também que vocês iriam fazer uma coisa boa com os objetos, ou seja, tapar os buracos do formigueiro de vocês. Sabiam que Jesus pagou um imposto com uma moeda achada dentro de um peixe? No fundo, no fundo, não era uma coisa achada, mas uma coisa que Deus entregou.
Foi Deus que moveu o coração dos insetos do jardim terrinha com o mesmo sentimento que vocês tiveram, pois ajudando os outros temos a esperança de viver um mundo melhor.
Além disso, vocês ensinaram aos insetos do Jardim Terrinha a darem valor àquilo que eles têm, pois eles só perderam os objetos porque não deram valor. Nós temos que parar com essa mania feia de só dá valor quando a gente perde alguma coisa. Portanto, é antes de morrer que as pessoas devem dar valor à oportunidade de ter Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Se não aproveitarem a oportunidade de se ter a vida eterna enquanto estão vivos, já era? Aí, não dá mais! Todos devem aceitar Jesus, a esperança da salvação, agora, enquanto estão vivos!
E olha só que legal! Eu tenho uma amiguinha, que é verdinha como eu, que só anda junto comigo, pois é louvando a Deus que se tem...
Formigas e Insetos do Jardim Terrinha – ...esperança!!!!
Louva-a-Deus – Isso mesmo! O nome dela também é Esperança! E é ela que eu vou chamar aqui para cantar uma musiquinha com todos os nossos amiguinhos que estão nos assistindo!
Entra Esperança para cantar junto com as crianças e com os insetos a seguinte música:
Esperança e Todos – Como é bom ter esperança, esperança no coração/ Com Jesus do nosso lado nós amamos de montão!/ Se você amiguinho tem esperança dentro do coração/ Vem aqui e cante com a gente essa canção!!!!
Todos os insetos saem de cena, ficando só Esperança. Ela se despede de todos os insetos.
Esperança – Se a esperança não estiver junto do louvor a Deus, é apenas um sentimento solto no ar. Mas se a esperança é a verdadeira Esperança, a Esperança de Israel, a Esperança da volta daquele que tem como morada o céu, esse meu verde fica mais colorido, mais vivo, e todas as pessoas que olharem tanto para o meu verde como para o verde das florestas, dos arbustos e até mesmo das pequenas plantinhas, lembrarão da vida...Lembrarão de Jesus.
Música final.

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